Metallica perdem ação milionária por cancelamento de concertos durante a pandemia
A ação milionária que os Metallica apresentaram contra uma seguradora para serem compensados por espetáculos canceladas durante a pandemia foi rejeitada por um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos.
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A lendária banda de metal pedia mais de três milhões de dólares (cerca de 2,8 milhões de euros) da seguradora Lloyd's of London, que rejeitou cobrir os prejuízos de seis concertos cancelados durante o auge da covid-19 em 2020, com base numa cláusula que excluía casos relacionados com "doenças contagiosas".
Os artistas argumentavam que o cancelamento dos concertos na Argentina, Brasil e Chile poderia ter sido causado por outros fatores para além do vírus. Porém, a juíza Maria Stratton disse, numa decisão emitida na segunda-feira, que era presuntivamente um "absurdo" e "pouco realista" que as medidas de isolamento durante esse ano fossem por outro motivo que não a pandemia. "Não cabe dúvida de que, em março de 2020, os países sul-americanos suspenderam os vistos e depois fecharam as suas fronteiras apenas devido à covid-19 ou ao temor pela doença", frisou.
O Brasil anunciou as primeiras mortes por covid-19 em março de 2020, enquanto a Argentina implementava medidas de isolamento e o encerramento das fronteiras. O avanço da pandemia provocou a suspensão de eventos, viagens e uma infinidade de cancelamentos que afetaram severamente diversos setores.
A ação dos Metallica, integrada por James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujillo, é uma das muitas ações legais de atores da indústria do entretenimento em busca de compensações pelo prejuízo durante esse período. O caso já tinha sido descartado por um tribunal de Los Angeles em dezembro de 2022, com base no entendimento de que a pandemia foi o que motivou os cancelamentos.