Pedro Adão e Silva foi acompanhado pelo autarca Rui Moreira. Diz ser um "leitor intenso" e comprou vários livros, entre eles um sobre George Orwell. Feira acaba domingo.
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Numa visita-relâmpago, ontem ao final da tarde, o ministro da Cultura elogiou o modelo organizativo da Feira do Livro do Porto. "Dá espaço a realidades menos visíveis, como alfarrabistas e livreiros, e não apenas de grandes editoras".
"É um modelo diferenciado face ao de Lisboa, pois permite encontrar livros menos conhecidos", prosseguiu, destacando ainda o "sítio lindíssimo que são os Jardins do Palácio de Cristal, capaz de criar o contexto ideal para comprar livros".
"Leitor intenso", Pedro Adão e Silva não demorou muito a escolher o primeiro dos vários livros comprados durante a visita. Uma biografia de George Orwell, escrita por um dos netos do autor inglês. "É-me muito fácil gastar dinheiro em livros", confessou ao JN.
122 mil visitantes
Ao lado do ministro durante a peregrinação livreira, Rui Moreira mostrou-se "muito satisfeito" com o desenrolar da Feira, visitada até ao dia de ontem por mais de 122 mil pessoas. O autarca revelou que "os livreiros e editores têm-nos feito chegar ecos muito positivos das vendas" e deixou uma palavra de elogio a Nuno Faria e à sua equipa, pela "extraordinária programação cultural que ajudou a levar a cabo".
As ações para o público infantil mereceram referência especial do presidente da Câmara do Porto, porquanto "é nessas idades que se criam hábitos de leitura e não quando se atinge a idade adulta".
Lembrar Ana Luísa Amaral
Já em contagem decrescente para o final, no domingo, a Feira reserva ainda pontos altos de programação. Hoje à noite, na Biblioteca Almeida Garrett, o ciclo poético Quintas de Leitura dedica uma sessão especial a Ana Luísa Amaral: "O excesso mais perfeito", com Emmy Curl e Golden Slumbers.
Na sexta, inicia-se "Escrever brasileiro, em língua minha", segmento coordenado por Joana Matos Frias em que serão apresentadas três palestras com denominador comum na cultura e literatura brasileiras. Até domingo, há intervenções dos ensaístas Osvaldo M. Silvestre e Alva Martinez Teixeiro e do músico Luca Argel que irão versar sobre temas variados como a poesia, o erotismo ou a canção popular.
No fim de semana, o destaque vai para a homenagem a Agustina Bessa-Luís por ocasião do centenário do seu nascimento e uma performance conjunta de Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu.