Execução da medida para promover leitura só chegou a 20% dos abrangidos. DGLAB já está a trabalhar num novo modelo.
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A segunda edição do cheque-livro vai avançar até final do ano, com um reforço do valor atribuído aos vales. A informação foi avançada ontem pela ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, durante a apresentação do 3.º Book 2.0, convenção dedicada ao livro a realizar em Lisboa no mês de setembro.
Após a taxa de execução ter ficado nos 20%, o Governo prolongou em abril o prazo para levantamento do cheque, no valor de 20 euros. Embora o programa tenha sido prorrogado até terça-feira, as taxas de execução continuam baixas. Os números mais recentes apontam para 45 mil cheques-livro utilizados.
Assim que esta fase estiver concluída, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas vai elaborar um relatório de avaliação que permitirá ao ministério compreender melhor o alcance da iniciativa, o seu impacto real e os aspetos que importa aperfeiçoar.
Uma das razões para a fraca adesão prende-se com o baixo valor do cheque. Nos contactos iniciais com o ministro da Cultura de então, Pedro Adão e Silva, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) apontava para uma verba na ordem dos 100 euros.
“Não é com 20 euros que vamos fazer leitores. Temos que começar a trabalhar em melhorar o valor, a comunicação e a operacionalização em livraria”, afirmou ontem Miguel Pauseiro, presidente da APEL.