A cantora portuguesa Sara Tavares, diagnosticada com um tumor cerebral, morreu, este domingo ao final da tarde aos 45 anos, em Lisboa, confirmou fonte da família.
Corpo do artigo
A artista, de ascendência cabo-verdiana, estava internada no Hospital da Luz, em Lisboa. O seu estado de saúde agravou-se nos últimos meses e originou uma onda de solidaridade nas redes sociais de familiares, amigos e muitos artistas. O tumor foi diagnosticado em 2009.
Vencedora da final da primeira edição do concurso "Chuva de Estrelas", participou no Festival RTP da Canção de 1994 com a famosa canção "Chamar a Música" e ganhou um lugar no Festival Eurovisão da Canção, onde alcançou o 8ª lugar.
Dois anos após o sucesso na Eurovisão, lançou o primeiro álbum, com a coloração do coro Shout. Bissexual assumida, Sara deu voz a grandes êxitos da música portuguesa, nomeadamente “Ponto de Luz” (2009) e “Eu Sei…” (1999).
Ao longo da carreira, realizou colaborações com grandes artistas do panorama nacional, como Tiago Bettencourt, Buraka Som Sistema e Richie Campbell, e chegou a gravar um tema com Nelly Furtado, “The Most Beautiful Thing” (2012).
Em 2011, recebeu Prémio de Melhor Voz Feminina nos Cabo Verde Music Awards e no ano seguinte deu continuidade à digressão internacional "Xinti", título do álbum editado em 2009, que lhe valeu o Prémio Carreira do África Festival na Alemanha.
Em 2018 esteve nomeada para os Grammy Latino com o quinto álbum, "Fitxadu" (2017), no qual aprofundou a relação com a música cabo-verdiana, contando com Manecas Costa, Nancy Vieira, Toty Sa'Med e Kalaf Epalanga entre os convidados.
As últimas publicações de Sara nas redes sociais remetem para setembro, altura em que lançou o último single “Kurtido”, que soma quase sete mil visualizações.