Eva Azevedo, nome fundamental na divulgação das danças africanas em Portugal, faleceu ontem aos 47 anos, vítima de doença prolongada.
Corpo do artigo
Eva Azevedo foi uma investigadora, coreógrafa e bailarina de dança africana. Além deste percurso foi um nome fundamental na pedagogia da dança africana leccionando dezenas de formações, em várias instituições nacionais e também em contexto de residências e festivais internacionalmente. Desde 2016 que leccionava na Escola Superior de música e artes do espetáculo (ESMAE), no Porto.
Como professora de dança da costa oeste de África desde 2003, criou o seu método de ensino “Farisogo Sira - O Caminho do Corpo” e desenvolveu desde 2009 projetos de pesquisa, formação e criação artística realizados na Europa, Burkina, Benim e Brasil, apoiados pela GDA e Fundação Calouste Gulbenkian.
Com o projeto Semente criado em 2002, com o músico Paulo das Cavernas divulgaram a música e dança da costa oeste de África. Ao longo dos anos desenvolveu-se com o sonho de levar esta cultura ao maior número de pessoas e classes etárias e sociais. Era também parte da equipa da Associação cultural Popolomondo dedicado às danças e músicas do Mundo.
O seu percurso profissional começou no Ballet Clássico, seguindo para formações em dança contemporânea, dança africana e afro-contemporâneo. Frequentava atualmente o doutoramento em dança, na Faculdade de Motricidade Humana em Lisboa.
A cerimónia de despedida realiza-se na sexta-feira, entre as 10.30 horas e as 12.30 horas na Capela do Centro Funerário da Lapa, no Porto.