Judith Jamison, diretora artística do Alvin Ailey American Dance Theater durante duas décadas, morreu com 81 anos.
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Segundo avança a CBS News, a aclamada bailarina morreu num hospital em Nova Iorque, rodeada pela família e amigos, vítima de doença prolongada.
“Recordamos e estamos gratos pelo seu talento artístico, humanidade e luz incrível, que nos inspirou a todos”, afimou Christopher Zunner, porta-voz da companhia, à televisão americana.
Judith Jamison começou a trabalhar com o Alvin Ailey American Dance Theater em 1965, numa altura em que era raro ver-se bailarinos negros no ballet. Foi bailarina principal em duas coreografias marcantes, “Revelations” e “Cry”, e manteve-se lá a trabalhar durante 15 anos.
Chegou a sair da companhia para ingressar na Broadway e dançar como artista convidada noutras companhias de ballet, mas regressou a "casa" para desempenhar o cargo de diretora artística durante 20 anos.
A bailarina, que quebrou tabus de raça e género durante toda a sua carreira, tem fotografias, vídeos e uma escultura numa exposição sobre o trabalho da companhia Ailey no Museu Whitney de Arte Americana, em Nova Iorque.
Judith Jamison recebeu o Prémio Kennedy Center Honors em 1999, a Medalha Nacional das Artes e o Medalhão Handel, o mais alto prémio cultural atribuido em Nova Iorque.
“Ela era uma bailarina única e espetacular, majestosa. Dançava com eloquência e integridade”, afirmou Sylvia Waters, diretora artística emérita de Ailey II. “Dançar com ela e estar na sua esfera de energia era hipnotizante”, contou Waters. “Tive a sorte de atuar com ela e ela colocou a fasquia muito, muito alta”.