Leonard Nimoy, o ator norte-americano que deu corpo à mítica personagem de "O Caminho das Estrelas" ("Star Trek"), morreu, esta sexta-feira, aos 83 anos.
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Leonard Nimoy morreu em sua casa em Bel Air, Los Angeles. Segundo o "The New York Times", a sua mulher, Susan Bay Nimoy, esclareceu que o ator estava em fase terminal de uma doença pulmonar crónica.
Nimoy tinha anunciado no ano passado que sofria da doença, que atribuiu aos anos em que fumou, um vício que já tinha abandonado há 30 anos. No início desta semana, chegou a ser hospitalizado.
A personagem do solitário Mr. Spock foi o papel que maior notoriedade trouxe ao ator e com o qual Nimoy sempre se confundiu. A seriedade granítica com que o alienígena do planeta Vulcano encarava os seus colegas a bordo da nave "Enterprise", usando sempre o método cartesiano da lógica, levou Nimoy aos píncaros da popularidade mundial e transformou-o numa personagem com lugar de honra no imaginário coletivo norte-americano.
A série de televisão dos anos 60 de que foi um dos maiores protagonistas, "O Caminho das Estrelas", é uma das mais populares de sempre da história da TV e que gerou posteriormente uma grande quantidade filmes, séries animadas e múltiplas novas versões televisivas ao longo das décadas seguintes.
Leonard Nimoy chegou, nos últimos anos, a fazer uma participação especial nas duas últimas versões de "Star Trek" para o cinema, realizadas por J. J. Abrams, em 2009 e 2013.
O ator nasceu em Boston, nos EUA, a 26 de março de 1931: era filho de imigrantes ucranianos e judeus ortodoxos. O seu pai era barbeiro e tinha um irmão mais velho, que ainda é vivo. Deixou dois filhos, seis netos e um bisneto.
Ao longo da sua carreira realizou filmes e desempenhou outros papéis na televisão e no cinema. Nenhum deles lhe trouxe as duas coisas que, segundo a sua autobiografia, de 1977, sempre ambicionou e que só Mr Spock lhe proporcionou: "Ter conseguido atingir a popularidade e aceitação do grande público e, ao mesmo tempo, continuar a ser solitário, através da personagem de Vulcano".
Na rede Twitter, no perfil que lhe é atribuído, a última mensagem escrita data de segunda-feira e é uma espécie de despedida: "A vida é como um jardim. Os momentos perfeitos podem ser vividos, mas não guardados, exceto na memória".
