O ator Paul Sorvino, conhecido por interpretar o gangster Paulie Cicero no drama de Martin Scorsese "Tudo bons rapazes" ("Goodfellas", 1990), morreu esta segunda-feira. Tinha 83 anos.
Corpo do artigo
A mulher do ator, Dee Dee Benkie, anunciou a sua morte alegando "causas naturais": "Os nossos corações estão partidos. Nunca haverá outro Paul Sorvino. Ele foi o amor da minha vida e um dos maiores artistas a agraciarem os cinemas e os palcos", escreveu Dee Dee em comunicado.
Pai da atriz Mira Sorvino (celebrizada em "Poderosa Afrodite", de Woody Allen), o ator norte-americano nascido em Nova Iorque, em 1939, teve uma carreira sólida retratando figuras de autoridade, como vimos na comédia de Brett Ratner "Tudo por dinheiro" ("Money Talks", 1997), na série de TV "Law and order", no papel de polícia Phil Cerretta, ou no citado filme de Scorsese - "Tudo bons rapazes" ficou, este ano, associado a outra grande perda: a morte do ator Ray Liotta, desaparecido em maio aos 67 anos.
Entre outros papéis conhecidos, Paul Sorvino, que era alto, moreno e imponente, constam o do secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger em "Nixon", de 1995, e do pai de Julieta em "Romeu e Julieta", de Baz Luhrmann, de 1996.
Sorvino sofria de asma grave desde a infância e teve que lutar para dominar várias técnicas de respiração e assim controlar a doença. Escreveu mesmo um best-seller intitulado "Como se tornar um ex-asmático", além de ter fundado a Sorvino Asthma Foundation, com sede em Nova Iorque.
Paul Sorvino surgiu numa grande variedade de filmes, TV e produções teatrais nas últimas quatro décadas.
Recebeu elogios da crítica pelo seu papel na peça da Broadway "That Championship Season", e desempenhou o papel novamente no filme de 1981 ao lado de Robert Mitchum e Martin Sheen.
Outras atuações notáveis durante os anos 1980 e 1990 incluíram um chefe de polícia stressado em "Cruising" (1980), o amigo polícia de Mike Hammer em "I, the Jury" (1982), o Lips Manlis de "Dick Tracy" (1990) com Warren Beatty.