A poetisa e ativista dos direitos humanos afro-americana Maya Angelou morreu hoje, aos 86 anos, na sua casa na Carolina do Norte, Estados Unidos da América, informou a sua agente.
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Autora da famosa autobiografia "I Know Why the Caged Bird Sings" ("Sei porque canta o pássaro na gaiola", em tradução livre), publicada em 1969, no culminar do processo de luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, Angelou destacou-se nas artes e nas letras, sendo considerada uma das principais intelectuais afro-americanas.
Além de escritora, foi bailarina, autora de peças de teatro, atriz e a primeira realizadora negra de cinema de Hollywood.
Em português publicou "Carta à Minha Filha", livro de pequenas histórias, mas também de poesia e de memórias, dedicado a uma filha que nunca teve, traça o percurso de vida da escritora.
Maya Angelou foi também uma figura de primeiro plano da luta pelos direitos cívicos da população negra dos Estados Unidos e próxima do escritor James Baldwin e do Prémio Nobel da Paz Martin Luther King, assassinado em 1968.
Em 2011, o presidente norte-americano Barack Obama atribuiu a Maya Angelou a Medalha Presidencial da Liberdade.