O ator norte-americano Val Kilmer, protagonista de sucessos de bilheteira como “Top Gun”, “The Doors” e “Batman” morreu em Los Angeles, aos 65 anos.
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A filha do ator, Mercedes Kilmer, confirmou à agência Associated Press que o pai lutava contra um cancro na garganta desde 2014 e que morreu esta terça-feira, em consequência de uma pneumonia, rodeado pela família e amigos.
Kilmer foi o ator mais jovem alguma vez aceite na prestigiada Juilliard School. Estreou-se no cinema em 1984 com o filme de espionagem “Top Secret!”, seguido da comédia “Real Genius” em 1985. Mais tarde, viria a mostrar os dotes de comediante em filmes como “MacGruber” e “Kiss Kiss Bang Bang”.
A carreira cinematográfica de Val Kilmer atingiu o apogeu no início dos anos 90, quando empunhou as pistolas de Doc Holliday, ao lado de Kurt Russell e Bill Paxton em “Tombstone”, de 1993, para depois protagonizar o fantasma de Elvis em “True Romance” e em seguida um perito em demolições de bancos no filme de Michael Mann “Heat”, de 1995, ao lado de Al Pacino e Robert De Niro.
Em 1986, ganhou fama como o piloto de caça arrogante e silencioso Tom “Iceman” Kazansky no êxito de bilheteira “Top Gun”, interpretando um rival de “Maveric, papel interpretado por Tom Cruise. Depois de uma participação especial no filme “True Romance”, escrito por Quentin Tarantino, Kilmer foi protagonista ao lado de Al Pacino e Robert De Niro em "Heat" e fez a vez do vigilante mascarado de Gotham em "Batman Forever", entre as interpretações de Bruce Wayne por Michael Keaton e George Clooney.
O ator – um seguidor do método Suzuki de formação em artes Suzuki - atirava-se aos papéis. Por exemplo, quando interpretou Doc Holliday, em “Tombstone”, encheu a cama de gelo na cena final para imitar a sensação de estar a morrer de tuberculose.
Ao interpretar Morrison, no filme sobre "The Doors", usava permanentemente calças de cabedal, pedia aos colegas de elenco e à equipa que se referissem a ele apenas como Jim Morrison e tocou músicas da banda durante um ano. Essa intensidade deu-lhe a reputação de ser difícil trabalhar com ele, algo com que Kilmer acabou por concordar mais tarde, nas suas memórias - "I'm Your Huckleberry" -, enfatizando o primado da arte sobre o negócio.
Kilmer publicou dois livros de poesia (incluindo “My Edens After Burns”) e foi nomeado para um Grammy em 2012 pelo álbum de spoken word “The Mark of Zorro”. Foi também artista plástico e cientista cristão durante toda a vida. Namorou com Cher, casou e divorciou-se da atriz Joanne Whalley. Deixa dois filhos, Mercedes e Jack.