Quatro mulheres ganharam os quatro prémios mais importantes nos Grammy deste ano: Beyoncé, Taylor Swift, Billie Eilish e H.E.R. Com a 28.ª vitória desde que começou a levar estatuetas para casa, Beyoncé tornou-se na mulher mais premiada de sempre.
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A noite dos Grammy, entregues durante a madrugada desta segunda-feira, em Los Angeles, numa cerimónia repleta de música ao vivo apesar do distanciamento social a que a pandemia obriga, foi arrebatada por artistas mulheres. O principal destaque vai para Beyoncé, que ganhou quatro troféus, tornando-se assim na mulher com mais Grammy na história dos prémios, 28 no total. Desta vez, a norte-americana conquistou os prémios de Melhor Vídeo Musical com "Brown Skin Girl", Melhor Performance R&B, com "Black Parade", e ainda Melhor Performance Rap e Melhor Canção Rap com "Savage", graças à colaboração com a rapper Megan Thee Stallion, a primeira rapper a ser Revelação do Ano desde Lauryn Hill, em 1999.
Quem também bateu recordes foi Taylor Swift, a primeira intérprete feminina a ganhar a categoria de "Álbum do Ano" por três vezes - esta última com "Folklore". Repetindo a vitória de 2020, Billie Eilish ganhou o galardão da Gravação do Ano com "Everything I Wanted". E "I Can't Breathe" (Não consigo respirar), um tema inspirado pelos protestos gerados pela morte do afro-americano George Floyd, sufocado por um polícia durante oito minutos, deu a H.E.R. o prémio de Canção de Ano. "Somos a mudança que queremos ver e essa luta que tivemos no verão de 2020 deve continuar", reagiu a artista, ao receber o prémio.
Harry Styles, que abriu a noite com o êxito "Watermelon Sugar", ganhou o Grammy para Melhor Performance Solo Pop. Britanny Howard, anteriormente conhecida com a banda Alabama Shakes, ganhou o Grammy de Melhor Música Rock, enquanto Fiona Apple levou para casa dois prémios pelo álbum "Fetch The Bolt Cutters".
Numa categoria de rock onde artistas femininas voltaram a estar em voga, The Strokes conseguiu ganhar o Melhor Álbum de Rock com "The New Abnormal". E, depois de 14 nomeações, o veterano do rap Nas conquistou o primeiro Grammy para Melhor Álbum de Rap.
A estrela nigeriana Burna Boy ganhou na categoria Música do Mundo, enquanto Kanye West conquistou o 22.º Grammy, não na categoria 'rap' que o tornou famoso, mas com o álbum evangélico "Jesus Is King", votado Melhor Álbum de Música Cristã Contemporânea.
Entre os nomeados havia três portugueses na corrida: a cantora Maria Mendes na categoria de Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais, e o produtor André Allen Anjos na categoria Melhor Gravação Remisturada, enquanto o DJ e produtor Holly produziu oito temas de um álbum na categoria de Melhor Álbum de Dança/Eletrónica.