Mundo Segundo: "Não tenho nada a provar, faço isto por entretenimento"

Na altura em que atinge a meta de 30 anos dentro da cultura hip-hop, o “ancião”, com a sensação que o foi desde sempre, faz uma retrospetiva das suas conquistas. Sem mais nada a provar faz música por diversão. A propósito do lançamento de “Ilustre desconhecido”, Mundo Segundo abriu a porta do Segundo Piso ao JN, pôs umas faixas a rolar e falou sobre o novo álbum, sobre o novo e o velho hip-hop e sobre como os Dealema fazem parte do que é hoje a solo. “Ilustre desconhecido” é apresentado ao vivo sábado, no Hard Club, no Porto; na sexta, é lançado nas plataformas de streaming para que o público o “absorva”.

“Isto é talvez ridículo aos ouvidos/ De quem por não saber o que é olhar para as coisas/ Não compreende quem fala delas/ Com o modo de falar que reparar para elas ensina”. Este é um excerto de Alberto Caeiro, que abre uma das faixas do novo álbum. Em mais de 20 anos de carreira, houve muitos que não compreenderam a forma como fala do hip-hop?