"Nadir Afonso: Território de absoluta liberdade": exposição comissariada por Alexandra Silvano revisita percurso do pintor no contexto do modernismo europeu
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"A marginália de Amadeo" e "Nadir Afonso: Território de absoluta liberdade": no próximo dia 5 de dezembro, Amarante acolhe novas exposições de pintura.
O Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso reabre ao público na tarde de 5 de dezembro, às 18 horas, marcando o regresso de um dos principais espaços culturais de Amarante. O acontecimento será assinalado com a inauguração de duas exposições que colocam em diálogo as obras do modernista Amadeo de Souza-Cardoso e do especialista em abstrações geométricas Nadir Afonso, que também deixou obras de expressionismo e surrealismo.
A primeira mostra, "A marginália de Amadeo", com curadoria de Samuel Silva e integrada na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, apresenta cerca de 50 obras que revelam uma faceta menos conhecida do artista amarantino.
Entre os trabalhos expostos encontram-se desenhos inéditos realizados em manuais escolares da juventude de Amadeo, intervenções gráficas em livros literários, bem como peças do acervo do Museu de Amarante, incluindo esboços, apontamentos, cartas, postais e pinturas.
Segundo o curador, a exposição propõe "um olhar ampliado sobre a obra do artista", valorizando o risco, a dúvida e a experimentação como elementos essenciais do seu processo criativo. A mostra estará patente até 18 de janeiro de 2026.
Em simultâneo, será inaugurada "Nadir Afonso: Território de absoluta liberdade", mostra comissariada por Alexandra Silvano, que revisita o percurso do artista no contexto do modernismo europeu.
Esta nova exposição destaca o período em que Nadir Afonso colaborou em Paris com figuras como Le Corbusier, bem como o seu convívio com artistas como Vasarely, Léger e Max Ernst, antes de se dedicar em exclusivo à pintura. Esta mostra poderá ser visitada até 25 de janeiro de 2026.
Ambas as exposições integram o projeto "Paisagens visuais", aprovado pela Direção-Geral das Artes no âmbito da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, que prevê a itinerância de quatro exposições por Lisboa, Vila Nova de Foz Côa, Amarante e Óbidos, até maio de 2026.
Após a reabertura, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso retomará o seu habitual horário de funcionamento: de terça a domingo, com bilhetes no valor de 4,33 euros, aplicando-se diversos descontos para jovens, seniores e estudantes.