Museu do Prado faz diretos nas redes a explicar obras para entreter quem está fechado em casa. 1200 instituições culturais têm coleções online.
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A indicação é que a agenda cultural não ressuscitará antes da Semana Santa, mas a cultura não se dá com a quietude. O Museu do Prado, em Madrid, pôs os conservadores a fazerem diretos no Instagram ou no Facebook para conversar sobre os quadros que exibe nas suas paredes. A National Gallery, em Washington, nos EUA, fez o mesmo. O MoMA, em Nova Iorque, criou a hashtag #museumfromhome, e criou uma rubrica com dicas sobre os processos artíticos.
Mas a criação destas iniciativas é apenas um complemento aos catálogos anteriormente disponíveis online e que já permitiam conhecer, através dos ecrãs, o melhor do património cultural do Mundo.
Há muitos tesouros museológicos internacionais ao dispôr dos visitantes virtuais, não apenas nos seus sites oficiais , mas também através do "Google Arts &Culture", projeto do gigante tecnológico que tem um protocolo com mais de 1200 instituições culturais.
Museus mais famosos
O site da Google permite visitas virtuais e acesso às suas coleções, incluindo de uma série de instituições nacionais (ver caixa). O catálogo da Google Arts and Culture inclui alguns dos Museus mais famosos do Mundo, como o British Museum, em Londres; ou o Guggenheim, em Nova Iorque.
O British Museum, em Londres, tem uma impressionante coleção que permite visitar centenas de artefactos preciosos, como a Pedra da Roseta- peça histórica fundamental para decifrar os hieróglifos egípcios; múmias e e estátuas da Ilha da Páscoa. Razões mais do que suficientes para a visita.
Outra das instituições que se encontra simultaneamente na lista das mais visitadas do Mundo e no catálogo da Google, é o Musée d"Orsay,em Paris. Aqui poderá visitar virtualmente a galeria, onde estão expostos muitos dos tesouros da História da Arte, dos séculos XIX e XX, como originais de Degas, Monet, Cézanne e Gauguin ou Renoir, entre outras. Um dos maiores atrativos do Guggenheim Museum, em Nova Iorque, é a sua famosa escada em espiral. Utilizando o "Street View", os visitantes podem aceder a uma série de "obras de arte das eras impressionista, pós-impressionista, moderna e contemporânea", garante a instituição.
Louvre e capela sistina
Mas nem todos os museus estão disponíveis no catálogo da Google. Há muitos museus essenciais a qualquer curioso e profissional das artes que organizaram as suas próprias visitas virtuais, como é o caso do museu mais visitado do Mundo, o Louvre, emParis que segundo os dados de 2018, recebeu 10,2 milhões de visitantes.
Há uma conta feita pelos guias que "se alguém passasse um minuto a olhar para cada objeto do Louvre, durante oito horas sem parar, iria demorar 75 dias" para ver todas as peças e quadros em exibição.
Mas como o Louvre está encerrado, resta-nos um salto virtual até à sala onde está exposta a Mona Lisa.A A visita através do site da instituição permite visitas virtuais fragmentadas. Podemos explorar as salas das Antiguidades egípcias, ou por exemplo a Gallerie d"Apollon, com homenagens ao Rei Sol, onde se pode ver um teto com um painel central pintado por Delacroix. Mas, teto mais bonito do que o da Capela Sistina, pintado por Michelangelo será difícil de visitar. Agora não se pode lá ir, mas o museu do Vaticano também disponibiliza visitas virtuais.