Festival de eletrónica começa esta quinta-feira e decorre até sábado no Forte de Santiago da Barra, em Viana do Castelo. Entre mais de 60 artistas, destacam-se Jeff Mills, Richie Hawtin, Enrico Sangiuliano, Joseph Capriati e os portugueses BIIA e Rui Vargas.
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O icónico Forte de Santiago da Barra, em Viana do Castelo, a dicotomia entre talentos emergentes e consagrados e a mistura de artistas nacionais e internacionais são os pilares de sucesso do Neopop.
Assim é há quase 20 anos no mais popular festival dedicado à música eletrónica - e que já apelidou a cidade que o acolhe desde sempre como "capital do techno". Em três dias e dois palcos, o cartaz contém mais de 60 artistas.
Quem refere a fulcral tradição é Raul Duro, responsável pelo evento desde o ano zero. "Temos nomes que vêm todos os anos desde o início, como o português Rui Vargas, ou, ano sim ano não, Jeff Mills e Richie Hawtin".
Há também aqueles artistas, como a portuguesa BIIA, que se estreou no Neopop no palco secundário, que cresceram.
Nesta 17.ª edição, BIIA é responsável por encerrar o espaço principal no primeiro dia, num b2b com Victoria De Angelis, parte dos Maneskin - uma esperada dupla de "bass queens".
Acolher 30 mil pessoas
Os "neopoppers" sabem com o que contar e, por isso, o festival é feito de "clientes regulares", sem fronteiras definidas. "Metade do público é de 60 países diferentes", revela Raul Duro ao JN.
Há uma outra boa-nova: o recinto foi expandido e recebe agora até 11 mil pessoas.
"Sexta-feira e sábado estão já muito perto de esgotar, o que fará com que, mais uma vez, cheguemos aos 30 mil festivaleiros", diz o organizador.
Raul Duro diz-se feliz por "ter" um festival sem crescimento "explosivo". "Em 20 anos temos sempre crescido devagar, o que é sinónimo de uma dimensão real e sustentada".
Essa evolução "saudável" vê-se em "compromissos mantidos com o público há várias edições" - um desses valores é o serviço de shuttle gratuito que faqz a viagem entre o recinto e as cidades e aeroportos de Porto e Vigo.
Os mais esperados
Como tem sido costume, os visuais dos palcos estarão a cargo do Dublab e, esta quinta-feira, os primeiros nomes que se verão em cima do Neo e do Anti Stage serão Cardia e a dupla em b2b AlFaer e Mingote, respetivamente. Ao longo desta quinta-feira destacam-se nomes portugueses como Scienza X, DJ Lynce b2b Violet ou Roundhouse Kick.
Já de noite e em atuações seguidas no palco principal, há que ficar de olho nos italianos que se espera que sejam sinónimo de público animado: Enrico Sangiuliano partilhará, em espetáculo, as suas narrativas sonoras que contam a história deste género musical.
Já o seu conterrâneo Joseph Capriati chegará com um groove conquistador, depois de já ter conseguido o epiteto de porta-voz do techno e do house napolitano.
O segundo dia terá como principais atrações, pela sua experiência e pioneirismo destacados, Chris Liebing e Luke Slater, que estarão em palco ao mesmo tempo, numa rara e muito aguardada atuação conjunta.
Os passes gerais para os três dias do festival encontram-se disponíveis a partir de 110 euros e os diários desde 45 euros.