2018 trará ao pequeno ecrã drama, comédia, ficção científica. Sabe quais as histórias que pode ver nos próximos 12 meses?
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Foram cerca de 450 as séries norte-americanas emitidas na TV em 2016, um aumento de 71% relativamente a 2011. Em 2017, subiram para meia centena. Nos últimos 12 meses, o "binge-watching" ganhou força, as plataformas de "streaming" impuseram-se, veteranos do grande ecrã trocaram-no pelo pequeno, a qualidade dita cinematográfica aplicou-se vezes sem conta à caixinha mágica. Dizem os especialistas que a febre acabará eventualmente por diminuir. O mais certo é que tal não se verifique em 2018, já que a produção continua em grande escala.
Os "seriófilos" terão larga oferta ao longo do ano. Duas delas é "The Handmaid"s Tale", em data a anunciar e cuja primeira temporada foi a grande vencedora dos prémios Emmy mais recentes, e o drama da NBC "This is Us", que fez correr rios de lágrimas com as duas épocas iniciais e que voltará à televisão, nos EUA, no próximo dia 9.
Uma das grandes novidades de 2018 é a passagem de Shond Rhimes da ABC para a Netflix. A produtora de sucessos como "Anatomia de Grey", "Scandal" ou "How to Get Away With Murder" - que permanecerão naquele canal - assinou um contrato de quatro anos com a plataforma de "streaming". "O futuro da Shondaland na Netflix tem possibilidades ilimitadas", disse a própria, que se encontra a desenvolver novas histórias para a empresa de Ted Sarandos. As novas "For the People" e o spin-off de "Anatomia de Grey" (sem dias de estreia definidos) também não serão afetadas pela mudança de Shonda.
E por falar em Netflix, é aqui se aguardam os regressos de dois dos maiores êxitos dos últimos tempos: "13 Reasons Why", em torno dos acontecimentos pré e pós-morte de uma adolescente, e "Stranger Things", dos irmãos Matt e Ross Duffer. Dois casos únicos, uma vez que a primeira colocou pais e educadores a debater, a nível mundial, a necessidade de se falar abertamente do suicídio na juventude, e a segunda acabaria por bater o recorde da série mais comentada do ano no Twitter durante um fim de semana de estreia. Também aqui, as datas estão por divulgar.
Da plataforma de "streaming" esperam-se ainda novas histórias originais, como a baseada nas investigações da operação Lava Jato (realizada por José Padilha), "The Ballad of Buster Scruggs", de Joel e Ethan Coen, ou "The Chilling Adventures of Sabrina" (que "ressuscitará" a bruxa da série com o seu nome dos anos 90).
O ano marcará também os retornos de "Jessica Jones", a 8 de março, com uma temporada inteiramente realizada por mulheres, e de "House of Cards", que terminará com esse novo conjunto de capítulos, já sem Kevin Spacey no elenco, devido às acusações de assédio sexual de que o ator foi alvo.
Fora do universo da TV por internet, também "Transparent" regressará sem Jeffrey Tambor, igualmente acusado de assédio. Os viciados em séries podem ainda esperar "American Crime Story: Gianni Versace" (25 de janeiro, na Fox Life), "Feud", em torno do casamento do príncipe Carlos de Inglaterra e a Princesa Diana (data de estreia por revelar), "The Chi", primeira série de Lena Waithe (de "Master Of None"), "Mosaic", com Sharon Stone e de Steven Soderbergh (22 de janeiro, no TV Séries), ou "Pose", (FX), de Ryan Murphy, interpretada por cinco atrizes transgénero (um caso inédito), além de Tatiana Maslany ("Orphan Black"), Evan Peters ("American Horror Story"), Kate Mara e James Van Der Beek.
Pela TV tradicional passará ainda "Better Call Saul" (em setembro no AMC), a 11ª temporada de "Ficheiros Secretos" (5 de janeiro, na Fox) e "Westworld" (TV Séries). Haverá, certamente, boas razões para muitas noites em frente ao ecrã.