Novo livro de Astérix é uma homenagem bem-disposta à herança de Goscinny
Dinâmico, expressivo e narrativamente eficaz: "O lírio branco", que chega esta quinta-feira às livrarias mundiais, não trai o espírito original da série de banda desenhada.
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O protagonista de “O lírio branco”, 40.º volume das aventuras de Astérix e Obélix, é Palavreadus, que prega uma corrente de pensamento positivo, assente em aforismos bacocos. Assumidos como grandes princípios de vida, o que não abona a favor de quem os segue, são uma crítica feroz aos dias de hoje, num relato que também refere a praga das trotinetes, os recursos locais, a igualdade de género, a ‘nouvelle cuisine’ ou a moda que põe “metade a fazer exercício físico e a outra metade a comer sementes e peixe”.
O francês Fabcaro, novo argumentista, tem trocadilhos bem conseguidos e uma série de provocações inteligentes às referências imutáveis da série, numa história que também assenta em problemas de relacionamento do chefe e da esposa.