Nuno Júdice é o poeta em destaque na edição deste ano do Festival de Poesia e Música de Foz Côa, que vai decorrer entre os dias 21 a 25 de abril, no Centro Cultural daquela localidade.
Corpo do artigo
Fundado há 39 anos, o que o torna o festival literário mais antigo do país, o Festival de Poesia e Música de Foz Côa tem regresso marcado para abril. Debates, encontros com autores, sessões escolares, leituras em palco e performances que combinam música e teatro integram a programação deste ano, que se vai realizar entre os dias 21 e 25.
"Nesta edição, o intuito principal é o mesmo da primeira edição: constituir-se como um espaço da palavra poética e uma oportunidade de encontro com os autores e de partilha entre várias gerações", resume Jorge Maximino, fundador e diretor do festival.
Com um colóquio-homenagem a Nuno Júdice, a decorrer logo no dia de arranque, e que culmina com a apresentação do seu mais recente livro "Uma colheita de silêncios", o festival volta a propor o contacto com o público em idade escolar, através da ida de vários autores (Fernando Pinto do Amaral, Nuno Camarneiro, Joana M. Lopes, M. G. Ferrey e o próprio Nuno Júdice) a escolas do concelho.
"Parte do programa é pensada para o envolvimento da comunidade e a sua participação ativa, e ainda especialmente com sessões orientadas para os estudantes e para os docentes das escolas da região" explica o fundador.
O músico e compositor Luís Represas é também outro dos nomes que integra a programação, com uma conversa-concerto a decorrer no sábado, 22 de Abril, pelas 21h30, no Grande Auditório do Centro Cultural.
Merecem igual destaque as leituras de Rui Spranger sobre a poesia portuguesa do século XX, a oficina "Letras de canções em foco" com Thierry Proença dos Santos e a participação musical de Blandino Soares e Carlos Pedro na Junta de Freguesia de Horta que inclui a colaboração especial de alguns estudantes do ensino secundário.
O último dia do festival faz-se na companhia da APURO, que apresenta às 15 horas o espetáculo "Cabral", uma dramaturgia cénica que atravessa a vida e a obra de três autores transmontanos: António Cabral, Rui Cabral e António Manuel Pires Cabral que é, ele próprio, convidado desta edição com uma conversa encontro a decorrer pelas 17 horas.
"Os princípios que norteiam a programação deste ano inscrevem-se na temática genérica 'fragilidade e memória', linha de trabalho que será glosada de forma especial no colóquio "Escrita e Memória na poesia de Nuno Júdice"" num evento de entrada livre, que celebra a arte da poesia e da música em Portugal, e nesta edição presta uma justa homenagem a um dos seus maiores poetas vivos.