O ator Nuno Lopes, que se estreou profissionalmente no Teatro da Cornucópia, lamenta fecho da companhia onde aprendeu a representar.
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O ator Nuno Lopes, que se estreou profissionalmente na Cornucópia, manifestou ao JN a sua tristeza pelo fim da companhia criada por Luís Miguel Cintra. "A minha experiência na Cornucópia foi marcante", afirmou ao JN.
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"A Cristina (Reis) e o Luís Miguel são para mim uma espécie de pais teatrais. Foi com eles que comecei a representar, com quem me estreei profissionalmente. A Cornucópia foi, acima de tudo, o sitio onde aprendi uma ética moral e uma maneira de estar no teatro. E onde aprendi sobretudo a representar".
Por todas estas razões, Nuno Lopes (que está a ensaiar a peça "A Noite da Iguana", de Tennessee Williams, que os Artistas Unidos vão estrear em janeiro no Teatro São Luíz), considera que quem passou pela Cornucópia "aprendeu para o resto da vida uma maneira de estar na arte e nesta profissão". Tudo isto porque, como sublinha, "existe na companhia uma responsabilidade sobre o ato político e social que é representar. E isso marca imenso".
Por outro lado, o ator, protagonista do multipremiado filme "São Jorge", realizado por Marco Martins, ressalta a seriedade e a humanidade com que tudo se faz na Cornucópia e o verdadeiro trabalho em conjunto que se tem dentro daquela companhia. "É algo que impossível de esquecer e que não nos marque. Isso é para mim o grande legado que fica da Cornucópia".