Defensor acérrimo do cinema autoral, Fernando Lopes não via as produções norte-americanas como "o inimigo", ao contrário do que costuma suceder com vários realizadores europeus.
Para esse gosto contribuiu o facto de ter estagiado em Hollywood em 1965, um ano após "Belarmino", onde aprofundou a admiração por cineastas como Nicholas Ray ou John Cassavetes.
Em sucessivas entrevistas transmitiu a admiração pelos grandes mestres do cinema no período áureo de Hollywood, criticando sobretudo a lógica monopolista de distribuição dos grandes estúdios, que cerceavam as hipóteses do pequeno cinema indedependente.
