Estreia-se hoje "Uma história de amor", documentário da Netflix em que a atriz recorda a carreira turbulenta.
Corpo do artigo
Pela primeira vez, Pamela Anderson "assume o controlo da narrativa", que tem estado na mão da opinião pública desde os anos 1990, principalmente após a divulgação do vídeo onde ela e o ex-marido Tommy Lee aparecem a ter relações sexuais. É desta forma que o novo documentário da Netflix "Pamela Anderson, uma história de amor" nos é apresentado. Estreia-se hoje.
A seu lado estão os filhos. O mais velho, Brandon Thomas Lee, é produtor do documentário realizado por Ryan White. Já o filho mais novo, Dylan, prefere a discrição, ainda que marque presença em alguns pontos do novo longa-metragem. Também os pais de Pamela Anderson, com quem vive agora na sua terra natal, no Canadá, contam na primeira pessoa como foi acompanhar a ascensão e queda no quase esquecimento profissional da filha.
Aos 55 anos, Pamela Anderson surge sem maquilhagem e num tom sereno de quem, apesar da mágoa por tudo o que aconteceu, fez as pazes com o passado. O foco do documentário é incontornável: a "sex tape" divulgada em 1995, num momento em que Anderson estava no topo da carreira. Recuemos a esses anos.
Foi em 1989 que a canadiana posou pela primeira vez para a "Plaboy", depois de ser "encontrada" por um editor da revista. Na mesma altura estreia-se na série "Marés vivas", interpretando C. J. Parker. Estes foram os dois focos da sua carreira que construíram a imagem de Pamela Anderson como ícone sexual.
O fim da carreira
O estrelato entrou em ruína quando a gravação com o então marido Thomas Lee foi roubada da mansão onde viviam e distribuída de forma ilegal. Foram o primeiro casal a viver o drama que, com os anos, se tornou mais comum: a fuga de imagens íntimas para o domínio público. Ainda que a divulgação do vídeo não tenha feito grande mossa ao baterista dos Mötley Crüe, Pamela não foi mais chamada para trabalhos como atriz.
Entre filmagens caseiras facultadas pela própria e entrevistas intimistas, vai recordando os eventos, falando ainda da violência doméstica que viveu em criança, dos dois abusos sexuais de que foi vítima e dos cinco casamentos.
"Pamela Anderson, uma história de amor" iniciou as gravações a tempo de acompanhar o regresso da memória do escândalo. Estreou-se recentemente a série da Disney+ "Pam & Tommy", um drama que retrata os anos turbulentos da vida do casal, realizado sem autorização dos próprios. "Nunca fui consultada pelos produtores", relata Pamela Anderson, confessando que se recusou a ver o mesmo.
Recentemente, o ativismo pelos direitos dos animais tem marcado a agenda da atriz. E também o regresso aos palcos, que é retratado em exclusivo e em estreia no documentário da Netflix. Pamela Anderson é convidada a entrar numa peça de teatro, para a qual tem de treinar e preparar-se em apenas seis semanas, e os espectadores são convidados a acompanhar esta nova fase da sua vida.
O grande ecrã não é a única novidade da atriz este mês. Também hoje é lançado o livro "Love, Pamela", uma coletânea de memórias escrito na primeira pessoa, já que Pamela não recorreu a um escritor fantasma.