Canções do deserto, fotografias com sonhos, jornalismo pré-guerra, roupa com manifesto e uma canção que não se perdeu no tempo.
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Mdou Moctar já passou pela Arte do Dia. É o nome de um intenso guitarrista e compositor tuaregue e também do seu quarteto, que lança a 21 de maio o álbum "Afrique victime". A canção homónima, delirante e comovente em doses idênticas, soa assim:
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"ALL-U-NEED", refere a Galeria Zé dos Bois (ZDB), que a acolhe, são duas exposições numa só, apresentando facetas diversas do trabalho fotográfico de Patrícia Almeida (1970-2017). Um bloco é dedicado a imagens captadas em cinco centros de formação ao longo de 2008, fruto de uma encomenda do Instituto do Emprego e Formação Profissional, a que o passar do tempo acrescenta uma camada de anacronismo tecnológico. O outro bloco é de um domínio bem menos material - de acordo com a ZDB, segue-se "ao encontro do onírico: a partir de um sonho transcrito num dos seus cadernos de trabalho seleciona-se um conjunto de fotografias realizadas por Patrícia Almeida ao longo de 20 anos". A curadoria é da responsabilidade de David Guéniot e Natxo Checa.
Antes de rumar a Paris, fugindo aos nazis, e de aterrar em Hollywood em 1933, firmando um lugar na história do cinema com filmes como "Crepúsculo dos deuses" e "Quanto mais quente melhor", Billy Wilder colecionou anos como repórter freelancer em Viena e Berlim. Uma recolha de artigos seus publicados entre 1925 e 1930 terá, no final de abril, direito a uma primeira edição em inglês. O prefácio de Noah Isenberg, coordenador de "Billy Wilder on assignment: Dispatches from Weimar Berlin and Interwar Vienna", pode ser lido no site da revista "The Paris Review".
Lutando por causas boas: as peças de Fabian Kis-Juhasz, designer da Hungria, parecem saídas de um pesadelo adolescente envolvendo bonecas de porcelana e filmes de Tim Burton. É vestuário que, como explica em entrevista a "The Face", funcionam como comentários ativos em prol dos transexuais que o Governo do seu país tenta sitiar.
"Everything changes", o segundo álbum dos Take That, atinge a maioridade em 2021. A sua pop dançável, injeção de vida, não se perdeu nas teias do tempo:
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