“Threshold” é a nova mostra individual de Alexandre Farto e a primeira da nova Galeria Eterno, em Marvila.
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Numa era de inegável cruzamento entre os mundos físico e digital, nasceu um novo espaço dedicado à arte contemporânea em Lisboa: no coração de Marvila, a Galeria Eterno pretende afirmar-se como um local de exploração das muitas formas como eles se encontram, desafiando artistas nacionais e internacionais a mostrar ao público novas maneiras de fazer arte.
Para o lançamento, ninguém melhor do que Vhils: na sua nova e recém-inaugurada mostra individual, “Threshold”, Alexandre Farto explora precisamente a intersecção destas duas realidades, física e digital, através de instalações imersivas e da sua primeira série digital generativa.
Ao JN, o artista português explica como o conceito parte de um gesto de escavação — “de rasgar a superfície para revelar o que resiste por baixo”. Acrescentando: “Há destruição, sim, mas como condição para construir. Cada obra nasce da tensão entre presença e ausência, entre memória e esquecimento”.
Em “Threshold”, distribuída pelos dois andares do espaço, encontramos instalações imersivas, desde outdoors e epóxi a NFTs e instalações de vídeo, um novo mundo de arte phygital. Baseada nos conceitos de “Layers” e “Detritus”, a mostra convida o público a experiências absorventes e generativas que refletem sobre memória, erosão e transformação.
Na essência, mostra-nos Vhils, “é um arquivo de ruínas digitais, onde o passado se inscreve no presente, e o invisível ganha forma ao ser exposto”.
Sobre a exposição, e também a galeria, reforça como é a plataforma cruza linguagens e formatos, onde “a arte digital não é tratada como exceção, mas como parte integrante da prática contemporânea”.
“Threshold” está patente até 2 de agosto, na Galeria Eterno, R. Maria José Nogueira Pinto – Marvila, Lisboa. A entrada é livre.