Músico esteve na primeira edição, em 2017, e regressa agora para atuar, domingo, na Alfândega do Porto.
Corpo do artigo
Era 2017 e o North Festival nascia numa primeira edição, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, "um local mágico", recorda Pedro Abrunhosa. O músico foi um dos artistas da estreia do festival nortenho. "Foi dos festivais e dos espetáculos que mais memórias me deixaram", diz.
E relembra "a celebração, a festa, a euforia". Sentiu-se em casa. "Em 2017 foi um evento muito emocional, e estou curioso para saber como é que o Porto vai acolher um dos festivais mais apetitosos do mercado e em particular o meu espetáculo neste sítio deslumbrante". Seis anos depois, regressa à programação do North Festival, que acontece agora na Alfândega do Porto.
16407392
"Agora o sítio ainda é melhor, mais que não seja porque estou verdadeiramente em casa". O portuense atuará no domingo, com o rio Douro como pano de fundo. Será, certamente, o ambiente perfeito para escutar o reportório do autor.
Atuar na sua cidade tem para um músico um sabor especial. Abrunhosa acredita que, "para qualquer músico, tocar em casa é um privilégio. Tenho esta relação muito telúrica com a gente da minha cidade. Canto o Porto nas minhas músicas e sinto essa ligação à letra durante os espetáculos".
Ter sido convidado para regressar ao cartaz do North Festival é, segundo o artista, um privilégio, dado ser um evento "com uma particularidade": "receber com a mesma dignidade os artistas internacionais e os nacionais". Algo que aprecia e que se trata de "uma característica que infelizmente anda arredada da maior parte dos festivais", diz.
"A música portuguesa não deve nada à música internacional e é bom haver um festival que dá ao público o apreço que este tem pela música nacional".
"Fazer o que ainda não foi feito" ou "Socorro" são dois temas que o público não perdoa que faltem no alinhamento. Dos êxitos do passado aos sucessos do presente, Pedro Abrunhosa garante que nada faltará no espetáculo.
"Fizemos recentemente em Barcelos uma amostra do que poderá ser este espetáculo", diz. Será um espetáculo de partilha, mas também de pensamento. Acrescentando: "Não são só as músicas que ocupam lugar no meu palco, também há lugar para o pensamento e, para refletirmos", elucida. Pedro Abrunhosa recorda o momento de tensão bélica vivido na Europa e no Mundo e garante que o assunto não passará ao lado do espetáculo, fazendo "questão de colocar a contemporaneidade no centro da festa".
Pedro Abrunhosa sobe a palco, domingo, por volta das 20.55 horas, antecedendo a atuação do britânico Robbie Williams.