O Circo Chen abriu portas pela última vez há três anos e, sem metas ou perspetivas para reabrir, deixa a sua marca indelével num extenso espólio que retrata quatro décadas e meia de história da arte circense em Portugal.
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Parte dessa coleção Chen - figurinos, chapéus, fotografias, partituras, cartazes - está hoje numa sala de reuniões do Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC), a cargo do RISCO - Centro de Investigação sobre as Artes do Circo, em Famalicão. Sem condições técnicas ou espaço suficiente para a dimensão que o tema exige, paira no ar uma ameaça: há património que se está a perder.
É Rui Leitão, coordenador científico do centro, que nos guia por este armazém de memórias. Aponta caras, identifica pessoas e conta histórias a partir de cada fotografia, acessório e documento como se da própria família se tratasse. “O que fizemos até agora foi preservação preventiva do acervo que nos foi doado, mas falta ainda uma limpeza e preservação técnicas, catalogar e digitalizar”. Ou haverá material que se perderá, avisa.