Não vivem em trupes, nem são nómadas: são especializados e sentem-se “engolidos pelas circunstâncias”.
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Artistas licenciados, mestres, produtores, gestores, contratos, apoios estatais, redes de circulação internacional: assim vai o circo contemporâneo. O JN visitou o Festival Trengo, em cena até amanhã no Porto e conheceu o seu circuito tão singular.
No conto imortalizado por Carlo Collodi, Pinóquio sai de casa e junta-se ao circo. A história tem um certo paralelismo com a de Daniel Seabra, artista de circo de 30 anos que, aos 14, se apresentou no Circo Flic Flac, em Sobrosa, Paredes, de onde é natural, e disse que lá queria trabalhar. Na altura, sendo aluno de acrobática, acabou por fazer uma pequena digressão com o Flic Flac, onde “fazia mortais e espargatas”, relembra a sorrir . A partir deste episódio, só via dois fins possíveis: ou seguia o sonho ou tornava-se “treinador de golfinhos”, como conta ao JN.