Série de 10 episódios reinventa a origem do célebre submarino com adrenalina em alta.
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Para gerações de leitores - e para aqueles que os reencontraram ou conheceram nas versões cinematográficas - os termos Nautilus e Nemo são sinónimos de aventura, ficção-científica e mistério. Criados por Jules Verne em "20000 Léguas submarinas" e com uma segunda aparição em "A Ilha Misteriosa", o célebre veículo e o seu comandante estão de volta, numa série televisiva ligeira de aventuras, propícia para desfrutar de um momento descontraído. "Nautilus" ficciona a ficção original, reinventando a origem do célebre submarino e do seu capitão, um príncipe indiano (interpretado por Shazad Latif) que perdeu a família e o trono.
O ponto de partida é a fuga de uma das mais célebres prisões da toda-poderosa Companhia Britânica das Índias Orientais, de um grupo muito heterogéneo, onde se contam uma emancipada Humility Lucas (Georgia Flood) ou o engenheiro e pacifista Gustave Benoit (Thierry Frémont), levando no seu encalço um navio comandado pelo obstinado director Crawley (Damien Garvey).
Os episódios decorrem em ritmo acelerado, com a adrenalina em alta, e o submarino e os seus tripulantes tão depressa são alvo de bombas de profundidade como são feitos reféns por um pequeno tirano que quer cair nas boas-graças da Companhia, enfrentam sobreviventes semi-enlouquecidos de um naufrágio ou uma enguia gigante, apanham um estranho vírus que desperta os seus medos mais profundos ou afundam-se em zonas vulcânicas no oceano.
Este ritmo extremo, sempre no fio da navalha, acaba por não deixar muito tempo para aprofundar relações entre os tripulantes do Nautilus, sendo os seus passados desvendados a conta-gotas.
Originalmente encomendada pelo Disney+, a produção acabou por ser vendida para outros serviços de streaming numa estratégia de redução de custos, estando actualmente disponível em Portugal na AMC. Pelas mesmas razões financeiras, a série ficou limitada aos dez episódios iniciais, que se destacam pelo tom épico e aventureiro, a luta pela liberdade, a sede de conhecimento e um agradável toque de nostalgia.