O coletivo anglo-suíço Lebanon Hanover traz o seu pós-punk sombrio aos palcos portugueses em dois concertos marcados para esta sexta e sábado, respetivamente no Hard Club (Porto) e RCA Club (Lisboa).
Corpo do artigo
É do confronto entre a voz taciturna de Larissa Iceglass e o baixo melódico (mas também voz e teclas) de William Maybelline que resulta a sonoridade particular dos Lebanon Hanover, de visita a Portugal para dois concertos de frequência mais do que recomendável: esta sexta-feira no Hard Club, no Porto, e no dia seguinte, também às 21.30 horas, no RCA Club, em Lisboa.
Foi há uma dúzia de anos que esta improvável aliança musical anglo-suíça se deu a conhecer. “La fête triste” mostrava-nos uma dupla cuja sonoridade embebida no romantismo mais sombrio não interferia com outras influências, com o pós-punk, o rock gótico ou o minimalismo wave.
O conceito seria aprofundado em 2012, com “The world is getting colder”, disco editado pela Fabrika Records que iniciou uma ligação que perdura até “Sci-fi sky”, o álbum mais recente, datado de 2020.
Siouxsie and the Banshees, The Cure ou Bauhaus são bandas de que os Lebanon Hanover são óbvios credores, mas há no seu som uma espécie de conforto de alma que lhes angaria a autonomia devida.