5ª edição do Emergente acontece entre 27 e 29 de dezembro no Musicbox de Lisboa, com 15 bandas no total.
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São cinco anos a abraçar a causa de apoiar bandas emergentes na sua luta por um lugar ao sol. Em 2023, o festival que se autointitula como o último do ano, acontece entre 27 e 29 de dezembro no Musicbox de Lisboa, com 15 projetos no total – entre grupos já com bases estabelecidas e outros para os quais o Emergente representa, literalmente, o primeiro concerto das suas vidas.
“O Festival Emergente faz jus ao nome, já que tem muito este lado de apoiar nomes ainda não estabelecidos”, começa por explica ao JN o diretor do evento, Carlos Gomes. Até porque, desde a segunda edição, ele inclui uma open call à qual respondem cada vez mais bandas. “Dentro destas open calls aparecem muitos projetos musicais que estão mesmo no plano emergente, como sem terem sequer dado um primeiro concerto a sério”, adianta o responsável, referenciando o exemplo de Lana Gasparotti: premiada em 2020 e que regressa agora como convidada ao festival.
“A Lana ainda agora revelou que, antes de concorrer ao Emergente em 2020, onde viria a ganhar o prémio de melhor concerto, só tinha tocado uma vez, na primeira parte da banda de uns amigos. E de repente ali estava, numa sala como o Capitólio”, referiu.
Nas quatro edições anteriores, já concorreram ao Open Call Super Emergentes mais de 200 bandas e pisaram os seus palcos 52 projetos, entre convidados e selecionados pelo Open Call. Uma autêntica linhagem da nova geração da música portuguesa: de Sunflowers a Pedro Mafama, de Meta_ a Hause Plants, de Bia Maria a Solar Corona ou de Ana de Llor a Bandua, muitos dos artistas que passaram pelo Emergente são hoje nomes seguros da música portuguesa e do talento de uma geração.
Entre 27 e 29 de dezembro, o evento celebra assim cinco anos com cinco bandas por noite e em dose tripla: três dias, 15 projetos, nove dos quais selecionados diretamente do Open Call Super Emergentes 2023 e seis vencedores dos prémios Super Emergentes nas edições anteriores.
As bandas do Open Call são Evaya, Marianne, Redoma, Royal Bermuda, Ricardo Crávida, Human Natures, Malva, Marquise e X IT que se juntam aos seis nomes já premiados: Lana Gasparøtti, Meta_, Humana Taranja, Falso Nove, Javisol e O Marta. “Portanto, o conceito também é muito esse, é este salto brutal. Muitas vezes daquilo que são as condições de um estúdio caseiro, ou do trabalho à volta das primeiras músicas, para um palco onde os músicos têm uma grande qualidade de assistência técnica, tocam com bandas já mais estabelecidas e têm uma plateia verdadeiramente interessada em ouvir aquilo que eles têm para dizer, em salas e espaços importantes”, adianta Carlos Gomes, lembrando que este ano o evento acontece exclusivamente na “já mítica sala” do Musicbox.
“Estamos muito felizes por fazer uma festa concentrada no Musicbox. E vai ser a primeira vez também que vamos ter a experiência de três dias de Emergente”, frisa. Por tudo, “é um ano de orgulho para nós e é com certeza uma grande motivação para as bandas que vão lá estar e para o público; porque a certeza é que vão ser três dias incríveis, muito bonitos”, conclui o diretor.
Os bilhetes estão à venda no site da DICE e do festival Emergente e começam nos 8,99 euros. O programa completo pode ser encontrado no mesmo local.