Prodígio pop Olivia Rodrigo esgota primeiro dia do maior festival de verão. Outros pesos-pesados são Nine Inch Nails, Muse e Justice.
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O Nos Alive começa esta quinta-feira no Passeio Marítimo de Algés: durante três dias, são mais de 100 os artistas que vão passar pelo festival, levando ao público estilos que navegam entre o pop, o rock, a eletrónica, o indie, o fado ou o humor, que também tem palco próprio. Em 2025, o primeiro dia é onde se concentram os músicos que mais pessoas terão atraído, o único até à data a esgotar.
Tudo se inicia a partir das 15 horas, com os primeiros concertos no pórtico. No primeiro dia da 17.ª edição, há nomes como Artemas, Glass Animals, a portuguesa Iolanda ou Parov Stelar para ouvir nos palcos secundários.
No palco principal, artistas sonantes em cartaz: Mark Ambor, o britânico por detrás de “Belong together”, arranca às 18 horas, seguindo-se três verdadeiros fenómenos do pop contemporâneo, portentos da nova geração: Benson Boone, de 23 anos, autor de “Beautiful things”, a música mais ouvida no ano passado com mais de 3 mil milhões de transmissões globais, entre outros êxitos, entra em palco às 19.30 horas.
Segue-se Noah Kahan, a voz de “Stick season”, que, aos 28 anos, se estreia em Portugal, seis dias depois de atuar perante uma imensa massa de 65 mil pessoas no Hyde Park de Londres – é às 21.10 horas.
A fechar o dia inaugural, às 23.15 horas, ascende Olivia Rodrigo, que regressa um ano após duas datas esgotadas na Meo Arena, e dias depois de encabeçar Glastonbury, no Reino Unido. Com 22 anos, dois discos (“Sour” e “Guts”) e mais de 17 milhões de vendas acumuladas, é vista, acima de tudo, como a nova voz de uma geração. O seu som oscila entre o pop, o pop-rock e o rock alternativo dos anos 90. Os temas da norte-americana de origens filipinas, que já venceu vários Grammys, de “Drivers license” a “Good for you”, “Vampire” ou “Bad idea, right?” são sobre amores e desamores, descoberta, juventude, dores de crescimento.
Novos públicos, claro
Na estrada, a banda de Olivia Rodrigo é formada apenas por mulheres, ou músicos não binários, também à imagem dos grupos de garagem femininos que sempre admirou, tudo coalescendo com o seu ar e estética (entretanto já icónicos) de menina bem-comportada com um lado mais maduro, punk e rebelde. Em Glastonbury, teve em palco Robert Smith, dos The Cure, e dias antes, em Nova Iorque, David Byrne dos Talking Heads.
Certo é que o cartaz do primeiro dia deverá puxar ao Alive maioritariamente novas gerações, novos públicos. Ao JN, Álvaro Covões, dono da Everything is New, explicou como faz tudo parte da evolução: “O festival já existe há 19 anos. Portanto, há certamente quem veio sempre, e quem ainda não era nascido e já vem ao festival. E há os mais novos ainda. Nós, evidentemente, temos de acompanhar os novos públicos com os novos nomes”, diz Covões. E sublinha: “Aqui, há uma oferta muito variada em estilos”.
Wombats adicionados
Nos restantes dias, o Alive tem muito mais: Finneas, irmão de Billie Eilish, Anyma e Justice atuam na sexta-feira, com a novidade de última hora, The Wombats, depois do muito antecipado Sam Fender ter cancelado (problemas com a voz). Mother Mother e Girl in Red são também nomes a não perder.
Sábado conta com Muse – a substituir Kings of Leon –, o esperado regresso dos Nine Inch Nails e Future Islands, entre outros. Em sete palcos, dos maiores ao Coreto, ao Fado Café, Comédia ou WTF Clubbing, são 112 artistas no total, 121 atuações e 13 horas consecutivas de música por dia.