Diva cubana de Buena Vista Social Club lança novo álbum “Vida”, aos 92 anos. O JN conversou em exclusivo com a lendária artista que, apesar da idade, não pára de traçar planos para o futuro.
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“Vida” é um disco que almeja o impossível: resumir e condensar a vida, obra e carreira de uma das mais importantes artistas da música do mundo. Aos 92 anos, a cantora cubana Omara Portuondo voltou a Portugal para mostrar o novo álbum – e também para se despedir. A tour terá sido a última da diva de Buena Vista Social Club – e foi interrompida: só cantou em Castelo Branco, cancelando os espetáculos de Lisboa e Porto, por motivo de doença –, mas não é, garante ao JN, o fim do seu trabalho, ou da relação com a música.
Em “Vida”, Omara aposta em duetos com uma formação estelar, servindo-nos uma homenagem à sua trajetória, mas também uma reflexão dos seus sentimentos durante a pandemia e face às questões de racismo e violência que se agudizaram. Há crítica, há melancolia, há positivismo, há “Gracias a la vida”, como canta com Nathalia Lafourcade.