A sexta edição do Operafest Lisboa e Oeiras arranca esta quinta-feira, com "La Traviata" de Verdi e uma rave operática.
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A 6.ª edição do Operafest Lisboa e Oeiras 2025 está de volta, de 7 de agosto a 16 de setembro. Este ano, o festival que pretende dar novos palcos - e públicos - à Ópera em Portugal anuncia mais parceiros e locais de programação. O tema é o amor, "força avassaladora que move a existência humana", lembra a organização, também no mote dos "amores proibidos", assombrados pela doença e morte, pela classe social, pelo dever e pela traição, normalmente "o gerador das óperas mais extraordinárias".
O evento começa esta noite, com "La Traviata", de Verdi, no Convento da Cartuxa, Caxias. A partir da novela "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas, a obra - que repete no sábado e no domingo - fala-nos do amor proibido da cortesã Violetta por um jovem de boas famílias, Alfredo, acabando por expiá-lo com a própria morte.
O espetáculo acontece num sítio especial: o antigo Convento na Quinta das Laveiras, em Caxias, fundado no século XVII, que acolhe pela primeira vez o Operafest. Na sexta-feira, há rave operática, no mesmo local. A festa pretende fundir o mundo da ópera com o mundo pop, numa celebração com atuações de Tó Trips & Fake Latinos, "Bateu Matou" e Dj Marfox, temperadas com muita ópera.
Estreia da ópera barroca
Na restante e extensa programação, destaques para obras-primas como "Dido e Eneias" de Purcell, na Aula Magna, marcando a presença da ópera barroca pela primeira vez no festival: é a 30 e 31 de agosto.
Para toda a família, volta a "Flauta Mágica "de Mozart, a ser filmada para a RTP2, no Centro Cultural Olga Cadaval, a 12 e 13 de setembro. Há ainda óperas "raras", como a estreia nacional de "Julie", do compositor belga Philippe Boesmans, a partir da grande clássico "Menina Júlia" de A. Strindberg, na Culturgest. Também há oficinas, conferências e cine-ópera na Cinemateca Portuguesa, que celebra Camilo Castelo Branco nos 200 anos do seu nascimento.
O Operafest Lisboa e Oeiras é liderado pela soprano Catarina Molder e produzido pela Ópera do Castelo, que defendem ser o evento "um ato de resistência, de amor e de esperança no futuro da ópera e na forma como esta arte performativa, que convoca todas as outras, pode ser um meio de expressão único de humanização e empatia pelo outro".
O programa completo pode ser consultado online: https://www.operafestlisboa.com/pt/.