Canções agridoces e madrugadoras, arte com política no Portugal de 2021 e na União Soviética de 1962, e um programa compreensivo de descolonização.
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Para nosso benefício, a cantora e compositora americana Lucy Dacus perdeu-se num jardim labiríntico pop-rock agridoce situado entre o crepúsculo dos anos 1980 e os primeiros raios dos 1990. Onde? Em "Hot & heavy", do álbum vindouro "Home video" (chega a 25 de junho).
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Está em curso o Festival Política, que tem como objetivo, segundo a organização, "promover uma maior consciência política e social, sobretudo nas gerações mais novas e com o objetivo de aproximar as pessoas da política". O evento, de acesso livre, inclui debates, filmes, exposições, workshops, concertos e atividades infantis. Já passou por Lisboa, passará dentro de semanas por Évora, e chega a Braga hoje, por onde ficará até sábado, dia 8, no Centro de Juventude. Temática: as fronteiras políticas, discriminação, racismo. O arranque acontece às 18.30 horas com o filme "Colectiv - Um caso de corrupção", documentário romeno e luxemburguês de Alexander Nanau que trata das vítimas misteriosas de um incêndio em 2015 numa discoteca em Bucareste. Segue-se, pelas 21.15 horas, o espetáculo a solo "Fronteiras", com encenação, texto e interpretação de André Murraças. Uma obra que se socorre de testemunhos reais para abordar a imigração - diferentes destinos, diferentes motivações, múltiplos dramas.
Também de política, à sua maneira, trata "Caros camaradas!", filme de Andrei Konchalovski que chega hoje às salas, recuperando acontecimentos de junho de 1962, em que uma greve de operários em Novocherkassk, na União Soviética, acabou numa chacina perpetrada pelo exército e pelo KGB.
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Monika Grütters, ministra alemã da Cultura, anunciou há dias que é intenção do seu país devolver à Nigéria inúmeros objetos em latão, bronze e marfim roubados por soldados britãnicos em 1897. Objetos atualmente nas mãos de uma série de museus de etnologia. ""Estamos a enfrentar a nossa responsabilidade histórica e moral no sentido de iluminar e chegar a um acordo relativo ao passado colonial da Alemanha", disse Grütters.
Mais ou menos eletrónicas, as canções da escocesa Dot Allison sempre soaram a madrugadas frias de orvalho. E nem um longo silêncio lhe perturbou a mão. "Long exposure" vem de fora do tempo, anunciando finalmente um álbum , "Heart-shaped scars", para 30 de julho. Recomendam-se agasalhos:
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