A riqueza da língua portuguesa reveste-se, muitas vezes, de complexidade, nomeadamente ao nível da flexão.
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Assim, há verbos irregulares com alteração do radical nalgumas das suas flexões, o que os distingue dos verbos regulares. Vejamos, por exemplo, o verbo "pedir". No presente do indicativo, dizemos peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem e, no presente do conjuntivo, peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam.
Contudo, o verbo "partir" mantém o radical em todas as pessoas: parto, partes, parte, partimos, partis, partem (presente do indicativo); parta, partas, parta, partamos, partais, partam (presente do conjuntivo).
Os verbos "ouvir", "medir", "despedir" e "impedir" também alteram o radical nalgumas das suas flexões: eu ouço, tu ouves; eu meço, tu medes; eu despeço, tu despedes; eu impeço, tu impedes.
Há ainda verbos irregulares terminados em -ir com mutações vocálicas. É o caso do verbo "acudir": acudo, acodes, acode, acudimos, acudis, acodem.
Os verbos "bulir", "cuspir", "fugir", "sacudir" e "subir" também sofrem o mesmo tipo de mutações.
* Professora de Português e formadora do acordo ortográfico