O Papa Francisco reuniu-se esta sexta-feira com cerca de 200 artistas, a propósito do 50.º aniversário da inauguração da Coleção de Arte Moderna e Contemporânea do Museu do Vaticano.
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O Sumo Pontífice recebeu esta sexta-feira o músico Pedro Abrunhosa, os artistas Joana Vasconcelos, Vhils e Rui Chafes, os escritores José Luís Peixoto e Gonçalo M. Tavares e a arquiteta Marta Braga Rodrigues para representar Portugal no encontro "Pope Meets Artists", na Capela Sistina, no Vaticano.
De acordo com o Dicastério o Papa Francisco pretende, com este encontro, "celebrar a obra e a vida dos artistas, destacando a sua contribuição para a construção de um senso de humanidade compartilhada e promoção de valores comuns".
“Sinto-vos aliados para tantas coisas que me são caras, como a defesa da vida humana, a justiça social, os últimos, o cuidado da nossa casa comum, o sentirmo-nos todos irmãos. Eu preocupo-me com a humanidade da humanidade”, começou por referir o Pontífice.
O responsável máximo pela Igreja Católica insurgiu na necessidade de "relançar a experiência da Igreja como amiga dos artistas, interessada nas questões que o mundo contemporâneo coloca e dispostos a desenvolver um diálogo mais rico e um crescimento de compreensão mútua”.
Ao longo do discurso, o Papa referiu várias vezes a importância e a “profundidade inesgotável” da arte, num tempo em que muitos “têm dificuldade em ver a vida como uma realidade multifacetada”.
Francisco terminou o seu discurso direcionando-se aos mais pobres e oprimidos, a todos aqueles que não têm voz no mundo, pedindo aos presentes que não se esquecessem dos "pobres, que são os favoritos de Cristo, em todas as formas como hoje se é pobre. Até os pobres precisam de arte e beleza”, concluiu.
Entre os cerca de 200 artistas que participaram no encontro com o Papa, segundo informação divulgada pelo Vaticano, entre outros, o músico Caetano Veloso e o artista plástico Vik Muniz, do Brasil, e o músico Paulo Flores ou o artista plástico Pedro A.H. Paixão, de Angola.
O evento foi organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação, presidido por D. José Tolentino Mendonça, em colaboração com o Governo do Estado da Cidade do Vaticano, os Museus do Vaticano e o Dicastério para a Comunicação.