Vodafone Paredes de Coura regressa hoje com um cartaz que recupera essência do festival. Passes já esgotaram.
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A morte e o pagamento de impostos são as únicas certezas da vida, terá dito Benjamin Franklin, citado e plagiado até ao infinito à conta desta frase. Mas, se fosse vivo, é provável que o pai fundador dos Estados Unidos acrescentasse outra certeza: a de que, anualmente, sabemos que vamos encontrar em Paredes de Coura uma rara junção entre música e natureza, emoldurada por um cenário que não seria reproduzível nem se recorrêssemos a uma dúzia de Pritzkers.
Ultrapassada a fase de deslumbramento dos promotores que os fez, a dada altura, querer competir num meio que não era manifestamente o seu - contratando artistas cujo perfil em nada se enquadrava com o seu ADN -, o festival recalibrou-se nos últimos anos. Reencontrou a sua matriz, ao conciliar nomes que esgotam salas por toda a Europa com os emergentes, plêiade de (semi) anónimos que não tardará a dar o passo seguinte de notoriedade, se isso depender apenas do seu talento.