Paulo Ribeiro, figura central da Dança Portuguesa tem no seu currículo a direção da Companhia Nacional de Bailado (CNB); do extinto Ballet Gulbenkian; do Teatro Viriato e da Casa da Dança, em Almada, regressou à sua companhia que cumpre 30 anos.
Corpo do artigo
A partir de quinta feira e até domingo a Companhia Paulo Ribeiro, está no Porto, no Teatro Carlos Alberto, com "Maurice Accompagné", a primeira obra de uma trilogia sobre a música. Falamos com o coreógrafo no ensaio, e reflete sobre os 30 anos da sua companhia de dança, destacando a energia dos inícios e os desafios da continuidade. Considera a primeira década marcante, mas valoriza o presente pelo recomeço após dirigir a Companhia Nacional de Bailado e enfrentar a pandemia. O novo estúdio no Estoril simboliza esse renascimento criativo. Mantém uma ligação forte com França, impulsionada por Didier Deschamps, que apoiou o seu trabalho no Ballet de Lorraine e em Chaillot. Para dezembro, prepara uma peça com música de Luís Andriessen e Luís Tinoco, acompanhada pela Orquestra de Cannes. Sobre os desafios em Portugal, critica a instabilidade cultural e o papel dos programadores, comparando-os a uma “nova censura.” Apesar disso, continua motivado a criar, agora focado apenas na direção artística da sua companhia, rejeitando cargos institucionais.