De saída da administração da empresa pública Museus e Monumentos de Portugal, Pedro Sobrado pode estar em vias de reassumir as funções que desempenhava no Teatro Nacional São João, no Porto, instituição à qual ainda mantém vínculo laboral.
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Há apenas oito meses na empresa Museus e Monumentos de Portugal (MMP), Pedro Sobrado prepara-se para abandonar a presidência da entidade pública criada no âmbito de uma reorganização levada a cabo pelo anterior Governo do Partido Socialista. A informação foi avançada esta quarta-feira pelo "Público", jornal que adianta ainda que a nova ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, se prepara também para substituir João Carlos dos Santos do conselho diretivo do instituto público Património Cultural (antiga DGPC - Direção-Geral do Património Cultural).
Para a liderança da MMP deverá ser nomeado o historiador e professor universitário António Camões Gouveia, que já confirmou ter recebido o convite do novo Governo liderado pela AD.
Na origem da decisão está a vontade de Dalila Rodrigues reforçar a autonomia dos museus, um objetivo que sempre defendeu desde os tempos em que dirigiu o Museu Nacional de Arte Antiga, entre 2004 e 2007, e que está longe de ser assegurado no novo modelo de funcionamento, em que a tutela está entregue à MMP.
Ao que o JN apurou, quando Pedro Sobrado assumiu o cargo manteve em suspenso a ligação contratual ao Teatro Nacional São João, enquanto responsável do centro de edições. Eram estas as funções que ocupava quando foi nomeado presidente do conselho de administração do teatro portuense, o que lhe permite agora retomar atividade no TNSJ.
A ideia de regresso ganha ainda mais força pelo facto de o São João não ter designado um novo presidente do conselho de administração desde outubro do ano passado, quando Pedro Sobrado saiu para abraçar o novo projeto.