"Incansável defensor do livro e da leitura", como considerou a APEL em comunicado, Pedro Sobral - administrador da Leya e presidente da associação do setor que faleceu este sábado - deixa uma marca de forte dinamismo no meio editorial.
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Licenciado em Economia e em Ciência Política, com uma frequência do Programa de Gestão Geral na Harvard Business School, Pedro Sobral iniciou a atividade na área financeira e de consultoria. Mas foi no mundo dos livros que deixou a sua principal marca.
No grupo editorial Leya desde 2008, depois de uma passagem de quatro anos pela Almedina, ocupou sucessivamente cargos na direção de marketing e de coordenação da divisão editorial, até ser nomeado administrador das Edições Gerais.
Na presidência da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) desde 2021, após ter estado na vice-presidência, notabilizou-se pelo empenho nas políticas de promoção da leitura, tendo sido o grande dinamizador da implementação do cheque-livro.
Essa dedicação foi-lhe reconhecida pelos que trabalharam de perto consigo nos últimos anos, como Ana Rita Bessa, CEO da LeYa, para quem “o Pedro acreditava profundamente no poder dos livros e na liberdade da edição". Também dos grupos editoriais concorrentes chegaram votos de pesar pela morte de Pedro Sobral. "Este desaparecimento inesperado representa uma enorme perda para a cultura nacional. Pedro Sobral dedicou grande parte da sua carreira ao setor livreiro e, nos últimos anos, assumiu um papel timoneiro na defesa do livro, dos editores, dos autores, dos livreiros e de todos os profissionais da área da edição literária em Portugal", adiantou o gabinete de comunicação da Porto Editora.