Já há música no Palco Tejo. Os Peste & Sida são a primeira banda a abrir a 10.ª edição do Rock in Rio em Lisboa. A uns metros, no palco principal, já há dezenas de amantes do rock a marcar lugar para Evanescence e Scorpions.
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“Boa tarde, Rock in Rio”. É assim que João San Payo dos Peste & Sida abre a maratona de concertos deste primeiro dia do Rock In Rio Lisboa, no Parque Tejo. Com clássicos dos anos 80 como “Sol da Caparica” e "Paulinha", a banda portuguesa pôs logo centenas de pessoas a dançar. E os primeiros acordes de guitarra foram um convite a esta zona do recinto.
Para a banda, a atuação neste primeiro dia do festival é uma comemoração dos “20 anos de Rock in Rio, dos 50 anos da democracia e dos 37 anos de história dos Peste & Sida”, assinala o músico, na voz e baixo.
Mas nesta curta set-list a banda trouxe também temas do “século XIX”, diz ao microfone, em tom de gozo. Músicas como “Bule Bule” e “Não te cures (Que não é preciso)” põem o público a saltar.
As portas da Cidade do Rock abriram pelas 13 horas, com filas de largas centenas de metros a formarem-se horas antes. O recinto vai enchendo à medida que se aproximam os primeiros concertos do dia.
A uns metros, no Palco Mundo, desde a abertura das portas que dezenas de festivaleiros estão a marcar lugar para garantir a melhor experiência possível. Tiago, Carolina e Afonso estão sentados na relva sintética, perto da grade do lado direito do palco principal. Evanencence e Scorpions foram os nomes pesados do rock do cartaz que levaram o grupo de amigos a comprar bilhetes para o primeiro dia. É a primeira vez a vê-los ao vivo e também no festival.
“As expectativas são altas para os Evanescence. Não acompanho tanto as músicas novas, mas também sabemos que só têm uma hora e quinze, não têm muito tempo”, partilha Carolina. A banda de rock alternativo toca às 20 horas no Palco Mundo, depois de Extreme, às 18 horas.
O primeiro dia do festival é precisamente mais dedicado ao Rock. Daqui a pouco, pelas 16 horas, Xutos & Pontapés abrem os concertos do palco principal, numa atuação em conjunto com a Orquestra Filarmónica Portuguesa.
Elsa e o marido, Luciano, estão descontraídos à espera depois da viagem de Leiria até aqui. Depois de darem uma “voltinha” pelo novo recinto, decidiram marcar lugar. “Queremos ver os Xutos e Scorpions, e depois já estamos aqui porque estou magoada num dos joelhos”, diz Elsa, que não deixou que o incidente lhe tirasse a boa disposição. Para Elsa já não será a primeira vez a ver Scorpoions. Vi-os “há muitos anos”, quando era jovem.
Mais atrás, perto do sistema de som, Ana e os pais tentam descansar à sombra. Saíram do Porto às 8 horas para ver pela primeira vez Scorpions. A banda é a última a atuar no palco principal, pelas. “É a primeira vez para nós, esperamos que sejam fantásticos e que fiquem na memória”, diz a jovem.
Está o dia ideal para um festival de verão, com calor e uma brisa vinda do rio Tejo. Apesar da temperatura, a indumentária é escura, com t-shirts negras das bandas que atuam hoje. São várias as pessoas que aproveitam a leve sombra junto ao gradeamento para se abrigarem.
Nos 20 anos do Rock in Rio em Portugal, o festival trocou o Parque da Belavista pelo Parque Tejo, na zona norte do Parque das Nações, criado para receber a Jornada Mundial da Juventude, em agosto de 2023. E nota-se bem a diferença deste recinto para o anterior. Há muitas atividades por onde escolher, como a roda gigante ou o slide que passa por cima do palco principal, e muitos brindes para colecionar até ao final do dia.