Maior retrospetiva europeia da artista japonesa traz mais de 160 peças ao Porto a partir desta quarta-feira e até 29 de setembro.
Corpo do artigo
Uma sala de espelhos repleta de balões gigantes de vinil. Manequins de várias cores sobre um solo recoberto de massa integral. Esculturas intrincadas onde se multiplicam partes da anatomia humana e motivos vegetais. Pinturas exuberantes com padrões de lábios, olhos e impressões digitais. E sempre as bolinhas, os pontos, as redes – marca de água da produção de mais de 70 anos de Yayoi Kusama (n. 1929), a artista japonesa que é alvo da primeira exposição em Portugal – e da primeira retrospetiva de grande escala na Europa – no Museu de Serralves, até 29 de setembro.
“Yayoi Kusama: 1945 – hoje” resulta da parceria entre a Fundação de Serralves, o Museu Guggenheim de Bilbau e o M+ de Hong Kong, tendo como curadores Doryun Chong e Mika Yoshitake, auxiliados por Isabella Tam. A proposta inclui para cima de 160 obras, entre desenhos, pinturas, colagens, esculturas, vídeo, instalações e materiais de arquivo, organizadas em seis blocos temáticos: Infinito, Acumulação, Conectividade Radical, Biocósmico, Morte e Força de Vida. E cobre sete décadas de atividade: desde o estertor da II Guerra Mundial à sala imersiva – “Dots obsession – Aspiring to heaven’s love” – criada em 2022.