O Porto Canal fechou quatro delegações regionais no Norte do país para "reequilibrar o orçamento", em vésperas de lançar um canal na Internet dedicado em exclusivo ao F.C. Porto.
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Viseu, Arcos de Valdevez, Penafiel e Bragança foram os quatro concelhos que deixaram de ter presença física de jornalistas, uma vez que, de acordo com o diretor-geral do canal, "não houve retorno suficiente".
"O Porto Canal está comprometido com o território, faz serviço público, dá relevância ao Norte do país como nenhum outro canal. Mas é preciso que o território esteja comprometido connosco também do ponto de vista de publicidade", explicou ao JN Júlio Magalhães, acrescentando que, nestes quatro casos, isso não aconteceu.
O responsável lamentou que "haja dinheiro para investir em grandes programas de televisão com música popular ao domingo, mas depois, quando se trata de cuidar de quem dá visibilidade ao território todos os dias, já não se investe".
O diretor-geral do Porto Canal acrescenta que os tempos "são de contenção orçamental e de redefinição de estratégias", mas afasta a ideia de desinvestimento. "Não estamos a desinvestir, antes pelo contrário, mas temos de cumprir orçamentos e fazer alguns ajustes", disse, negando ter havido despedimentos. "Houve gente que saiu para outros órgãos de comunicação social, porque nós somos uma boa escola, e houve prestadores de serviço, a recibo verde, com quem não renovámos", sublinhou ao JN.
O objetivo é claro, diz Júlio Magalhães: "Não gastar mais do que se tem", até porque para o último trimestre do ano nascerá na Internet a Porto TV, "que será feita pela equipa do Porto Canal". O pontapé de saída ainda não está definido.