Como dizia Vinicius de Moraes, "As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". Essa regra aplicava-se a todas as divas da idade de ouro do cinema, num tempo muito afastado de todas as técnicas, uma autoestrada que possibilita a pessoas com dinheiro caras por encomenda. Nesse tempo onde coexistiam Brigitte Bardot, Audrey Hepburn, Marilyn Monroe e Sophia Loren e tantas outras que se converteram em imagens iconográficas, havia uma que se distinguia pelo seu caráter boémio: Ava Gardner.
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Ava foi a estrela de filmes como "Pandora" (1951), "As neves de Kilimanjaro" (1952), "A condessa descalça" (1954), "Junção de Bhowani" (1956), "Na praia" (1959), "55 dias em Pequim" (1963), "Sete dias em maio" (1964), "A noite da iguana" (1964), "Mayerling" (1968), "O juiz Roy Bean" (1972) e "Terramoto" (1974), entre outros. Dos três maridos, Frank Sinatra (de 1951 a 1957), Artie Shaw (de 1945 a 1946), Mickey Rooney (de 1942 a 1943), Sinatra foi o mais devoto.
A RTP2 exibiu há meses uma série fundamental, "Arde Madrid", que conta uma história pouco conhecida. Ava Gardner decidiu viver em Madrid em pleno franquismo e tinha como vizinhos os exilados argentinos Juan e Eva Perón. Conhecida por um comportamento atentatório dos bons costumes, Franco decidiu infiltrar espiões entre os empregados. A série, que conta com o desempenho de Paco León e Inma Cuesta, foi das melhores que passou na televisão em 2020.
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Num tempo em que o feminismo aparece não raras vezes mal fundamentado, convém que a sociedade se debruce sobre a sua própria história. Para que não sejam cometidos atropelos. Neste dia nascia em Elvas uma das mais importantes feministas portuguesas, Adelaide Cabete. Analfabeta até aos 18 anos e filha de uma família de trabalhadores rurais, foi estudar incentivada pelo marido e licenciou-se aos 33 anos em Medicina, sendo a terceira mulher portuguesa a fazê-lo. Escreveu em 1900 a tese "A protecção às mulheres grávidas como meio de promover o desenvolvimento físico das novas gerações". Tornou-se ginecóloga obstetra e foi uma das impulsionadoras da criação da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. Também a RTP2 fez um excelente serviço de televisão pública, com uma animação que conta aos mais novos quem foram estas personagens da história nacional.
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Num 25 de janeiro desapareceu Al Capone, o gangster americano. Aqui, o tema que Ennio Morriconne lhe dedicou.
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Relembrando Virginia Woolf, uma das aniversariantes do dia, aqui deixamos como sugestão a encenação que João Paulo Costa fez para o Teatro do Bolhão.
http://ace-tb.com/teatrobolhao/shows/quem-tem-medo-de-virginia-woolf
"A desumanidade do Homem faz com que o Mundo se mantenha de luto
A cautela e a prudência são as raízes da sabedoria"
Escreveu em 1780 o poeta escocês Robert Burns. Um conselho para os dias que correm.