Galeria de arte veio dar um colorido diferente à Praça Rodrigues Lobo, Leiria.
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É por excelência um ponto de encontro, não fosse ali o centro da cidade, onde a história se junta com o modernidade. A Praça Rodrigues Lobo, em Leiria, continua a ser o local preferencial de jovens e adultos para um final de tarde relaxante ou para noites de conversas animadas, interrompidas por vezes com a música ambiente que atravessam as portas de alguns estabelecimentos.
A escolha da esplanada é ao gosto de cada um. Há quem prefira a vista para o castelo, à noite iluminado, ou opte apenas por olhar de frente as arcadas onde outrora existiam pequenos cafés e espaços de artes algumas delas desaparecidas, como o sapateiro.
Hoje em redor da Praça que ostenta a estátua de Rodrigues Lobo apenas existem os bares, cafés e pastelarias, cujas esplandas se enchem de gente com a subida das tempretauras.
Novidade este ano é a Galeria Art3, inaugurada a 27 de Junho e que se vai manter de portas abertas, pelo menos até 27 de Setembro. A funcionar com o horário dos estabelecimentos comerciais, o espaço apresenta obras de pintura de Varatojo, de escultura de Abílio Febra e fotografias do fotojornalista Paulo Cunha. "Todos os meses os artistas mudam as peças", refere Francisco Figueiredo, um leiriense que cedo rumou a Lisboa onde fez carreira na RTP. De regresso às origens, Francisco recorda que o projecto da galeria surgiu depois de falar com o amigo pintor, varajoso, que apenas se mantinha no atelier.
"Este espaço, que outrora foi uma loja de ferragens estava fechado e o proprietário acolheu a ideia de colocar aqui a galeria", explica Francisco revelando que "o espaço está muito envolvido na lógica da praça". Está aberto até à 1 ou 2 horas da manhã e até ao momento "tem sido um sucesso".
"Quem vem à Praça apenas para beber um copo e estar com os amigos, aproveita para ver a exposição. Era algo que faltava aqui nesta espaço", assegura adiantando que "a Galeria alterou a fisionomia da praça e a noite dos leirienses", já que "nenhuma galeria está aberta até tão tarde, assim num local como este".
Contrastando com a movimentação da Praça, as ruas do centro histórico mantêm-se quase desertas à noite. "Há pouca iluminação" justifica Luís Ferreira que gostaria de ver esta zona da cidade "mais animada". As ruas estreitas, os prédios de traça antiga, a Igreja da Misericórdia e a Judiaria, apenas aguçam a curiosidade dos turistas durante o dia, já que a noite "as lojas estão fechadas e não há nada que chame as pessoas", diz Luís.