Num tempo em que andamos todos de máscara, celebrar o Dia Internacional da Commedia dell'Arte, também conhecida como "comédia das máscaras", ganha um novo significado. Nesta forma de arte os atores usavam meias máscaras que deixavam a parte inferior do rosto descoberta, permitindo uma linguagem perfeita, ao serviço das necessidades cómicas. A máscara proporcionava o imediato reconhecimento da personagem pelo público.
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O primeiro grupo de Commedia dell´Arte formou-se em 1545, quando oito atores de Pádua, em Itália, resolveram atuar juntos até à quaresma de 1546. (Na quaresma de 2021 também existem vários personagens que pelo seu uso de máscara são facilmente reconhecíveis).
Nascida na rua, a Commedia dell'Arte sempre foi contestatária. As críticas a militares, nobres, católicos, banqueiros e médicos resultaram em severas ameaças e condenações. Nos séculos XV e XVI muitos comediantes de rua tiveram até que emigrar.
A associação In Commedia é quem gere toda a tradição deste dia e tem o maior conjunto de vídeos a ela dedicados. Aqui pode consultar todos os eventos internacionais relacionados com a efeméride.
Arlechinno, Brighella, Pulcinella, Dottore, Colombina e Pantalone são intérpretes de um mundo de extremos, onde os sentimentos e pensamentos se reduzem ao estereótipo. A linguagem é direta, facilitando a compreensão das plateias nas praças públicas. Originalmente para provocar o riso fácil e porque a qualquer momento as autoridades podiam intervir, os diálogos eram muito curtos. Mais tarde começaram a fazer parte das festas da corte.
No século XVII, o escultor Bustelli criou uma série de figurinos da Commedia para a Manufatura de Porcelana do Palácio de Nymphenburg, em Munique, artigos altamente procurados por colecionadores. E graças a Moliére e Carlo Goldoni, a Commedia dell´Arte conquistou um lugar nos palcos.
Neste dia, morreu um dos maiores dramaturgos americanos. Tennessee Williams, vencedor do Prémio Pulitzer de Teatro por "Um elétrico chamado desejo", em 1948, e "Gata em telhado de zinco quente", em 55. Mas também a sua obra a "Noite da iguana", de 1961, constitui uma obra fulcral para a dramaturgia internacional.
As peças podem ser lidas em português, tendo várias edições.
Mas deixamos a proposta de uma maratona cinematográfica. Aqui, "Um elétrico chamado desejo", com o deslumbrante Marlon Brando:
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"Gata em telhado de zinco quente" com Elizabeth Taylor e Paul Newman, duas das figuras mais bonitas que a sétima arte já viu:
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Quanto à "Noite da iguana", aqui o trailer que os Artistas Unidos fizeram desta obra:
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Esta semana cumprem-se cinco anos do falecimento do ator português Joaquim Rosa. A RTP tem episódios sobre a sua vida.
Hoje é também o dia em que Herman Brix, eterno Tarzan, se despediu deste Mundo com 100 anos. Aqui, o papel da sua vida:
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Neste dia assinala-se igualmente o dia em que abriu o primeiro Centro Helen Keller, em Lisboa, em 1955. Uma história que vale a pena rever:
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