A edição norte-americana da revista de moda "Vogue" emitiu um comunicado no qual esclarece o editorial feito com Gigi Hadid e o namorado Zayn Malik, que levantou críticas sobre as questões de género.
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A capa da revista "Vogue" protagonizada por Gigi Hadid e Zayn Malik está a ser alvo de duras críticas. A publicação foi acusada de abordar de forma pouco refletida as questões de género, o que levou a equipa editorial a emitir um comunicado.
"Pedimos desculpa pelo facto de a história não ter refletido de forma correta o espírito, falhámos a mensagem. Esperamos continuar a discussão deste assunto mas com maior sensibilidade", afirmou a "Vogue" norte-americana.
A sessão fotográfica da modelo de 22 anos com o namorado celebra a troca e a partilha de roupas entre o sexo feminino e masculino. A reportagem centra-se no par de jovens, que é usado como exemplo de "uma nova geração que abraça a fluidez de género".
A influência de Gigi Hadid, com 35 milhões de seguidores no Instagram, e de Zayn Malik, ex-membro da banda One Direction, elevou as repercussões da campanha. O ativista pelos direitos LGBTQ Jacob Tobia foi uma das figuras a insurgir-se contra a reportagem. "Usar as identidades, as problemáticas, e o ativismo de pessoas que não se identificam com um género, para fazer uma capa de revista com pessoas cisgénero (definição para pessoas cuja identidade de género coincide com o género biológico) não está bem, 'Vogue'", reagiu o jornalista da "Cosmopolitan".
A peça, escrita por Maya Singer, que acompanha as imagens da sessão inclui afirmações do casal enquanto se preparavam para fotografar. "Não é sobre o género. É sobre o que te sentes bem a usar. É divertido experimentar", afirmou Gigi Hadid. O namorado Zayn Malik acrescentou que "não interessa se é feito para uma rapariga ou não".
As questões de género e apropriações culturais têm sido bastante debatidas. A modelo da marca de "lingerie" "Victoria's Secret" Karlie Kloss já teve de pedir desculpa por usar elementos característicos de outras culturas. Uma das razões que a levaram a ser severamente criticada foi a capa da edição de março da revista "Vogue", em que aparecia caracterizada como gueixa.