Festival estreia novo recinto no Parque Tejo. Terá 100 bebedouros, 14 ecopontos e shuttle a um euro. O bilhete poderá ser trocado por um copo.
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O Rock in Rio regressa a Lisboa, nos próximos dois fins de semana, com várias novidades. O festival terá, pela primeira vez, drones a garantir a segurança do recinto, com quase 260 mil metros quadrados, 12 casas de banho para pessoas não binárias e passadiços para pessoas com mobilidade reduzida. Haverá vários autocarros a saírem da Gare do Oriente, de cinco em cinco minutos, para o Parque Tejo, com o custo de um euro, que poderá ser trocado por um copo reutilizável.
Na vigésima edição do maior festival do mundo, haverá mais de 100 bebedouros espalhados pelo recinto, “uma forma de reduzir o volume de embalagens de garrafas de plástico”, o que se traduz “em mais 80 bebedouros” do que no evento do ano passado, realizado no Parque da Bela Vista, revelou, ontem, Roberta Medina, o principal rosto do Rock in Rio Lisboa, numa visita ao recinto para dar a conhecer o roteiro da sustentabilidade do festival.
“10 mochileiros”
Para que não haja lixo no chão, haverá 14 ecopontos, com um quarto caixote castanho para resíduos que serão valorizados e transformados em composto orgânico, e, ainda, outros três caixotes para colocar embalagens de piza. Pelo vasto parque, com vista para o rio Tejo, andarão, também, 10 “mochileiros”, vestidos com as cores do ecoponto, a explicar onde se deverão colocar os resíduos. “Não há nenhuma desculpa para que ponham o lixo fora do sítio”, disse Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.
Para reduzir o impacto carbónico, 25 autocarros sairão da Gare do Oriente, de cinco em cinco minutos, para o recinto.
“Olhamos para a pegada carbónica do festival e mais de 50% da emissão está no público [devido ao meio de transporte usado]. Se o público não aderir, não há o que possamos fazer. O shuttle está a sair quase gratuito, porque dá direito a um copo. As crianças com menos de 12 anos não pagam. É importante que as pessoas percebam que não precisam de vir de carro”, frisou Roberta Medina, acrescentando que “os materiais de construção”, usados no festival Rock in Rio, são sustentáveis e “a maior parte do material, como as cenografias, é reutilizado e usado de ano para ano”.
A água utilizada para a rega do recinto será “reutilizada” e a Galp, que estará presente no evento, utilizará o combustível HVO, “que emite 80% menos de emissões”.
Mais de 70 artistas de rua, 32 bandas e “cupidos”
Neste festival, haverá mais de 70 artistas de rua, como mágicos e caricaturistas, 32 bandas e cupidos a convidarem casais a casarem. Haverá, ainda, 39 pontos de alimentação, “mais 40% de casas de banho do que no festival anterior, com uma cabine para pessoas com mobilidade reduzida” e um espaço para pessoas com “dificuldades mentais” descansarem.