No novo romance, "As melhoras da morte", escritor volta ao Alto Alentejo e ao personagem Cruzeta. Ao JN, revela como o tempo (e o mundo que se transformou) influenciou a obra.
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Dez anos depois do seu último romance, Rui Cardoso Martins volta às edições. Em "As melhoras da morte", da Tinta-da-China, as particularidades do seu Alentejo – e uma expressão portuguesa por lá comum, foram a inspiração, ou o ponto de partida, para uma história que nos traz de volta Cruzeta, personagem do seu livro de estreia. Entre a celebração da vida e a dor da perda, o amor, o trágico e o cómico, entre a ficção e a verdade (ainda que inusitada), há também esperança, explica o autor ao JN.
Passou-se uma década desde o último livro, mas Cardoso Martins não parou: além de escritor, é argumentista (filmes como o “A Herdade”, séries “Sul” ou “Causa Própria”) escreve para teatro, humor, crónicas, leciona. O regresso aos livros e a Cruzeta, cuja história ficamos agora a conhecer melhor, já estava pensado desde que lhe surgiu o título-conceito há anos, adianta; as ‘melhoras da morte’.