Paralisação convocada pelo sindicato CENA-STE abarca os dias 25 de abril e 1 de maio.
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O Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) convocou uma greve dos trabalhadores do setor para esta sexta-feira, 25 de abril, e para o dia 1 de maio, pelo aumento dos salários e pelo fim da precariedade.
A “paralisação do trabalho” nestas datas tem como finalidade, diz o sindicato, a participação no desfile comemorativo do 25 de Abril e na manifestação nacional do 1º de maio, Dia do Trabalhador.
O pré-aviso de greve foi divulgado no site oficial do CENA-STE, e dirigido “a todo o trabalho, em todos os turnos, em território nacional”, com duração de 24 horas para cada dia. O sindicato refere que, para os trabalhadores cujo horário de trabalho se inicie antes das 00h00 dos dias de greve, “o pré-aviso produzirá efeitos a partir da hora de início da jornada de trabalho”.
A greve mais recente convocada pelo CENA-STE para todo o setor foi a 20 de novembro de 2021, dia em que aconteceu uma manifestação nacional da CGTP, em Lisboa. Na altura, a greve foi convocada de forma a garantir a possibilidade de participação de todos os trabalhadores do setor das Artes de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos na manifestação pelo aumento geral dos salários, a erradicação da precariedade, a redução do horário de trabalho e em defesa da contratação coletiva.
Em declarações ao JN, a assessoria do Teatro Municipal do Porto – Rivoli afirmou que o pré-aviso de greve pode afetar as suas salas, e o Festival Dias da Dança, se houver muita adesão por parte dos trabalhadores. No entanto, só haverá confirmação cerca de uma hora antes do início de cada espetáculo.
Teatro D. Maria II vai parar
Também contactada esta quinta-feira pelo JN, a assessoria do Teatro Nacional de S. João, no Porto, disse não ter ainda informações sobre a intenção de adesão à greve por parte dos seus trabalhadores. Mas deixou em aberto a possibilidade de entraves na realização da récita da peça de teatro “Hamlet”, encenada por Nuno Cardoso, que está anunciada para as 21.30 horas.
Por outro lado, o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, já confirmou que os seus colaboradores vão aderir à greve devido ao que consideram um “frustrante silêncio” sobre as condições laborais.