Sérgio Graciano explica ao JN o processo do filme
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Sérgio Graciano, realizador de "Salgueiro Maia - O Implicado", explicou ao JN como nasceu o filme. "Convidaram-me e não se diz que não a uma história do Salgueiro Maia." Ficou logo claro que seria Tomás Alves a fazer o papel. "Foi a primeira escolha", confirma Sérgio Graciano. "É parecido com Salgueiro Maia, e é um ator incrível. Não por esta ordem, é um ator incrível e só depois é parecido com Salgueiro Maia. Acho que acertámos."
Um dos passos seguintes foi o contacto com Natércia Maia, a viúva. "Houve um apoio imenso da Natércia", diz o realizador. "Não tem preço, ouvi-la falar do marido. Como a história do filme vai além do 25 de Abril, interessava-nos muito ouvi-la falar sobre o marido e menos sobre o herói. Contou histórias incríveis, da partilha entre ambos. Foi muito bonita, a descoberta."
O realizador confirma que ainda hoje Salgueiro Maia não é uma figura consensual. "Há opiniões divergentes. Há muita gente do lado dele e muita gente contra ele. Porque não escolheu a esquerda nem a direita, escolheu Portugal. Era completamente apartidário." E sublinha: "Salgueiro Maia foi o homem que outros decidiram crucificar e o último que deveria ter sido crucificado."
Graciano deixa um desejo. "Espero que as pessoas se envolvam com esta história". A partir desta semana nas salas de cinema e, mais tarde, em série de televisão de quatro episódios.